Isso significa, democraticamente, uma extraordinária oportunidade ou de recondução daqueles prefeitos e vereadores que, no exercício dos respectivos cargos, na visão dos eleitores, desempenharam correta, ética e dedicadamente seus respectivos papéis, ou de substituição daqueles que não o fizeram, evidentemente na visão dos mesmos eleitores: em outras palavras, a chance de iniciarmos a construção de um novo Brasil.
Nunca é demais lembrar, neste momento de eleições municipais, a importância capital das mesmas, eis que, como vários autores já acentuaram, “nós vivemos é no município, não é nem no Estado, nem na União”, ou seja, é a base municipal que embasa – ou não! – a qualidade da administração pública por todos nós desejada.
Entretanto, em que pese, conforme destacou bem Platão, que “o preço a pagar pela tua não participação na política é seres governado por quem é inferior”, preocupa-me, também – e muito! -, a alienação de nós brasileiros com a participação na política, rotulando negativamente todos os políticos e, assim, afastando talentos nossos da citada política.
Tenho particular admiração por aqueles que se dedicam à atividade política e o fazem com dedicação, ética e honestidade, correspondendo, assim, à confiança neles depositadas por seus eleitores.
Tendo presente o historiador Leo Vilani -, que em plena tragédia que foi a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), no calor de toda miséria da mesma, destacou que “nosso século demonstra que a vitória dos ideais de justiça e igualdade é sempre efêmera, mas também que, se conseguimos manter a liberdade, sempre é possível recomeçar […]. Não há por que desesperar, mesmo nas situações mais desesperadoras” -, e considerando que no nosso País, felizmente, temos toda a liberdade, não é admissível nem aceitável que nós, brasileiros, não votemos naqueles que acreditamos terem tudo para, com o nosso apoio, mudar rapidamente o nosso País para melhor.
Aliás, vale aqui destacar que, recentemente, o homem mais rico do Brasil, o empresário Jorge Paulo Lemann, acredita que a atual situação do Brasil abre uma oportunidade para que os jovens ingressem na política. “Eu passei a vida toda fugindo de política. E acho isso errado. Os jovens que têm vocação têm que agarrar a oportunidade. É isso que fará diferença no Brasil”, disse o executivo (Fonte: Valor).
Vale lembrar, a propósito, que, muito recentemente, segundo o Estadão: “Allan Victor, de 26 anos, quase foi candidato a vereador. Formado em Rádio e TV, sentiu o gostinho da militância política em 2013, quando participou das já históricas manifestações de junho. Ainda sob o impacto das jornadas, decidiu procurar um partido para chamar de seu. ‘Quando contei para amigos e parentes sobre meu projeto de ser candidato, a reação foi 99% negativa. Diziam coisas como ‘nesse meio só tem ladrão’ ou ‘não vai se meter nisso’ e ‘não é ambiente pra você’, lembra Victor”.
Temos que quebrar este paradigma e contribuirmos para formar especialmente os jovens, para que passem a acreditar na política, o que, a meu ver, é, sem sombra de dúvidas, a missão mais importante que temos a desempenhar, especialmente tendo em mente as futuras gerações.
Para tanto, vale lembrar a Constituição Pastoral ‘Gaudium et Spes’ (Conselho Vaticano II, 1965) que convocou todos “aqueles que são idôneos ou possam tornar-se, [que] preparem-se para a difícil e ao mesmo tempo nobilíssima arte da política e procurem exercê-la, esquecidos do proveito próprio e de benefícios venais”. A questão é, pois, mais de ação do que de observação, pois com já dizia Platão, “Não há nada de errado com aqueles que não gostam de política. Simplesmente, eles serão governados por aqueles que gostam”.
Nós, da Mineração, que muitas vezes somos o polo do desenvolvimento sustentável do município em que estamos instalados, devemos, pois, permanentemente, apoiar a educação política, apartidariamente, eis que já é da natureza do nosso negócio formar e desenvolver pessoas no local onde estamos inseridos.
Fonte: Redação MM
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