De acordo com o diretor de Tecnologia da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Yushiro Kihara, em 2015, a indústria de cimento do Brasil destruiu (coprocessou) cerca de 1,5 milhão t de resíduos, representando uma substituição de 13,4% da matriz de combustíveis do setor.
Contudo, a indústria cimenteira brasileira possui um potencial de destruição de resíduos de aproximadamente 2,5 milhões t. A indústria do cimento do Brasil também coprocessou mais de 350 mil t de pneus. Esse número equivale à cerca de 60.270 mil pneus automotivos inservíveis destruídos.
O coprocessamento é a tecnologia em que o mesmo forno que é usado para fazer cimento é também utilizado para destruir resíduos e material inservível. Neste processo, os resíduos industriais e os pneus são usados como combustíveis da chama dos fornos e também substituto de matéria prima (componentes do calcário e da argila).
Esse processo é totalmente controlado por agências ambientais e não altera a qualidade do cimento. Ao contrário, é uma tecnologia consagrada mundialmente e uma das responsáveis para que a indústria cimenteira brasileira seja considerada hoje uma das mais ecoeficiente do mundo, de acordo com o WBCSD – CSI. Essa é uma alternativa significativa para a destruição segura de resíduos causadores de passivos ambientai e doenças. O coprocessamento também contribui para mitigação das emissões de CO2.
Este foi um dos temas abordados durante o 7º Congresso Brasileiro do Cimento, que aconteceu nos dias 20 a 22 de junho, em São Paulo. A Supremo Secil, do grupo português Secil, que atua há mais de 90 anos na indústria de cimentos, participou do evento com alguns dos seus principais executivos. No primeiro dia, Luiz Taliberti, COO da Supremo Secil Cimentos no Brasil, apresentou o projeto da planta de Adrianópolis, inaugurada em dezembro e considerada uma das modernas do mundo. Rodrigo Brito, Vitor Vermelhudo e Angela Nunes, da Secil de Portugal, falaram sobre “Performance de Cimentos Compostos com a Adição de Calcário”. Angela Nunes é reconhecida internacionalmente como uma das maiores especialistas em cimento e suas aplicações. Maria João Botelho e Jose Manuel Palma-Oliveira, da Secil de Portugal, e Luana Mariana Silva, da Supremo Secil do Brasil, apresentaram o tema “Porque os Combustíveis na Produção de Cimento são tão Controversos e Como Ultrapassar esse Problema: Unir o Envolvimento da Comunidade à Pesquisa Científica”. E Antonio Lucas, da Supremo Secil do Brasil, apresentoua palestra “Influência da Adição de Enxofre sobre o Polimorfismo da Alita do Clínquer de Cimento Portland”.
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