Segundo Cristiano Romero, em sua coluna no jornal Valor, “os números do boletim Focus, do BC, mostram que o mercado está projetando mais uma rodada de desaceleração da atividade econômica. Antes mesmo da crise política, a mediana das expectativas colhidas pelo Focus já previa um arrefecimento da atividade, mas, depois da crise, essa percepção se intensificou”.
Por outro lado, destacou ele, “sabe-se que as expectativas do mercado estão sob controle – o que significa dizer que os agentes confiam no trabalho do BC – quando as projeções para dois anos à frente apontam o IPCA na meta ou em torno dela. Para 2018 e 2019, a mediana das opiniões colhidas pelo Focus prevê inflação de 4,25%. Para 2020 e 2021, 4% respectivamente. É verdade que a redução da meta de 2019 para 4,25% (até 2018 será de 4,5%) e da de 2020 para 4% ajudou a melhorar ainda mais as
expectativas”.
E enfatizou Romero: “Além da queda acelerada da inflação e das expectativas amplamente favoráveis, o balanço de pagamentos se mostra absolutamente administrável. Nos 12 meses até maio, o país registrou déficit em conta corrente de US$ 18,1 bilhões (ou 0,96% do PIB) e ingresso líquido de investimento estrangeiro direto (IED) de US$ 80,7 bilhões, ou seja, o saldo de IED é mais que suficiente para cobrir o déficit. Em outras palavras, mesmo com o país enfrentando turbulência que pode derrubar o presidente da República, uma crise cambial está fora do radar”.
Sendo a Mineração, por sua própria natureza, uma atividade de médio ou longo prazos, neste cenário acima destacado, faz todo sentido reunirmos e reorganizarmos nossas forças e, conhecendo e valorizando nossas vitórias, nos prepararmos para o Brasil 2019 – 2022 que se avizinha, no qual novos governos – federal e estaduais – “banhados pelas urnas”, deverão promover um crescimento mais expressivo da nossa economia.
É neste contexto que vejo com satisfação que a mineração brasileira está viva, atuante, debatendo seus desafios e planejando seu futuro: e o seu dinamismo está forte!
Exemplifico este dinamismo citando, por exemplo, que somente nos últimos três meses, ou seja, de maio de 2017 para cá, tivemos, entre outros: a) em Belo Horizonte (MG), dias 9 e 10 de maio de 2017, com expressiva participação de dirigentes e profissionais da mineração e divulgando resultados concretos e men-
suráveis, o “VIII Workshop de Redução de Custos na Mina e Planta”, com realização da revista Minérios & Minerales; (b) também em Belo Horizonte, teve lugar, no dia 25 de maio deste ano, reunião do Conselho Empresarial de Mineração e Siderurgia da Associação Comercial e Empresarial de Minas (ACMinas), debatendo, no quarto dia útil após a publicação da Portaria Nº 70.389, de 17 de maio de 2017, as barragens de mineração, com maciça presença de autoridades e mineradores de todo o Brasil, tendo sido expositores o diretor da DIFIS do DNPM, geólogo WLins Arcoverde, e o geólogo Luiz Paniago Neves, coordenador da DIFIS do referido DNPM; (c) a Câmara de Comércio Brasil Canadá (CCBC), na capital mineira, retomou os trabalhos de sua Comissão de Mineração, coordena-da agora por Paulo Misk, presidente da Largo Resources no Brasil, realização esta que contou com a distinguida presença do Embaixador do Canadá no Brasil, Riccardo Savone, e maciça participação de presidentes e diretores das empresas de mineração brasileiras de capital canadense; (d) por seu turno, o German Mining Network e a Câmara de Comércio Brasil Alemanha, também em Belo Horizonte, realizaram o 2º Seminário Brasil-Alemanha de Mineração e Recursos Minerais, no dia 22 de junho de 2017, muito concorrido; (e) em Brasília, a Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira (Adimb), realizou o VII Encontro de Executivos de Exploração Mineral – A Agenda Mineral Brasileira, dias 29 e 30 de junho de 2017, com público recorde; (f) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Bahia realizou o Bahia Mineral 2017: Construindo a Política Mineral da Bahia, dia 12 de julho de 2017, em Salvador (BA), com expressiva participação de autoridades e empresários do setor mineral.
E vem aí, em setembro do corrente ano, o 17º Congresso Brasileiro de Mineração e a Exposibram 2017. Por seu turno, os dirigentes da mineração brasileira no governo federal – secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, diretor-geral do DNPM e presidente da CPRM – prosseguiram com suas ações com vistas à dinamização da mineração no País e à atração de investimentos para a indústria.
Como podemos ver, reina um dinamismo extremamente interessante na mineração brasileira, o qual, certamente, deverá render frutos a curto, médio e longo prazos.
Vamos em frente!
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