Grupo capixaba planeja diminuir dependência de calcário do Nordestee melhorar a competitividade no fornecimento de insumos ao setor de tubos e conexões
O empreendimento, previsto para entrar em operação no final de 2016 e com capacidade produtiva anual de 50 mil t, envolve também a abertura de duas minas de calcário. A nova capacidade irá se somar com as 230 mil t de carbonato de cálcio produzidas anualmente pelas duas plantas da empresa em Cachoeiro de Itapemirim (ES).
“Atualmente, compramos calcário de pequenas e médias mineradoras do Ceará para beneficiamento em nossas duas plantas no Espírito Santo. No entanto, isso dificulta a logística e eleva os custos de produção”, afirma Lairton Leonardi, diretor-geral da Micron-Ita.
A escolha do município cearense se deve pela alta pureza do carbonato de cálcio (acima dos 95%) encontrado na região, originado pela formação cretácea, que abrange a área da Chapada do Apodi, que faz divisa com o estado do Rio Grande do Norte. No local, a empresa possui cinco direitos de lavra e um depósito total estimado em 200 milhões t de rochas calcárias.
Leonardi espera que a partir de 2016 haja uma retomada dos investimentos no setor de construção civil, impactando num aumento de demanda por tubos e conexões de PVC, assim como fios e cabos. “O País tem um grande potencial de crescimento nas áreas de saneamento básico e tratamento de água, principalmente no Nordeste. Nesse sentido, o mercado de tubos e conexões e suas matérias-primas tem um grande potencial”.
O setor de extrusão de tubos representa em torno de 30% das vendas da empresa. O restante está dividido entre os segmentos de fios e cabos, forros, perfis rígidos e flexíveis.
“O polímero PVC é um material sustentável e o seu processo de transformação exige um aditivo mineral de alto desempenho para garantir seu rendimento e um custo controlado. Nesse sentido, o carbonato de cálcio é mais do que uma simples carga, é uma matéria prima que influencia o rendimento de seus processos e a qualidade do produto final. O uso de um aditivo mineral inadequado traz um risco muito grande ao processo de conversão, afetando não somente seu rendimento e podendo até interferir nas propriedades ópticas do produto final”, completa o executivo.
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