A indústria do cobre acredita na desaceleração do setor em 2009. Pesquisa realizada com os maiores fabricantes de produtos de cobre do País revela que 35% sinalizam uma queda nas vendas de mais de 10% este ano. Os dados são de levantamento exclusivo realizado pelo Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não-ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel).

Na enquete realizada, aproximadamente 18% dos entrevistados esperam retração de até 10% no nível de vendas, enquanto que 12% acreditam manter o mesmo patamar de encomendas. Apenas 6% esperam obter um crescimento acima de 10% em 2009, enquanto 29% ressaltam a possibilidade de um aumento das encomendas de até 10%.

Os resultados do desempenho da indústria do cobre em fevereiro de 2009 confirmam retração da confiança. Segundo o estudo, 59% dos empresários registraram queda de mais de 10% no faturamento líquido se comparado com o mesmo período de ano passado. Empatados, com 12%, estão os executivos que tiveram no mês passado crescimento de até 10%, que mantiveram o mesmo nível e os com rendimento maior que 10%.

Entre os principais fatores que contribuíram para os resultados negativos do setor, segundo o levantamento, estão: a restrição de crédito junto às instituições bancárias, a crise financeira internacional e a queda nos volumes negociados com o mercado. “A guerra acirrada dos preços e a alta carga tributária e encargos reduzem a competitividade industrial, principalmente nas exportações” afirma Sérgio Aredes, presidente do Sindicel.

O Sindicel representa as empresas do setor de fios e cabos elétricos e ópticos e de produtos semimanufaturados em cobre e outros metais não-ferrosos. Fundado em 1979, atualmente reúne 51 empresas em todo o território nacional, representando mais de 90% da totalidade do setor.


Fonte: Padrão