A Vale registrou um ganho de quase R$ 350 milhões entre 2011 e 2014 com a venda de resíduos e inservíveis em todas as suas operações no Brasil. No ano passado, a receita chegou a R$ 83 milhões. Do total de material descartado, 76% teve destinação sustentável – ou seja, resíduos como correias transportadoras de minério de ferro, sucatas metálicas, óleo lubrificante e pneus fora de estrada usados foram reciclados. Incluem-se na lista de inservíveis ativos que não servem mais para o uso, como caminhões, tratores, empilhadeiras etc. Já os resíduos podem ser de origem metálica (sucata ferrosa, fios e cabos de cobre) ou não metálica como papel, papelão e plástico).
Segundo Márcio Valente, gerente de Destinação Sustentável de Resíduos da Vale, o estoque de resíduos vem caindo nos últimos três anos, de 48,6 mil t, em 2012, para 35,6 mil t, em 2014, uma queda de aproximadamente 27%. “O processo de gestão de resíduos dentro da Vale tem se mostrado uma atividade altamente sustentável, pois, além de gerar receita para a empresa, traz benefícios para o meio ambiente e para a sociedade, ao alimentar diversas cadeias produtivas", explica.
Em Parauapebas (PA), no Complexo Minerador de Carajás, mais da metade dos lubrificantes e óleos hidráulicos utilizados em equipamentos diversos está sendo reprocessado e reutilizado pela Vale. Em 12 meses, mais de 1 milhão de litros de óleos usados serão regenerados – 55% do total anual consumido na mina de Carajás, o que representará uma economia de mais de R$ 2 milhões e a redução significativa no indicador de geração de resíduos oleosos do empreendimento. O restante do produto usado permanece sendo destinado para reciclagem fora da unidade.
Outra iniciativa também em Carajás, a área de gestão de resíduos desenvolve um trabalho de reaproveitamento do lixo orgânico gerados nos restaurantes das minas e do núcleo urbano, onde moram cerca de 5 mil pessoas. Anualmente, são recolhidas quase 1,5 mil t de lixo orgânico, dos quais 70% é transformado em adubo usado no plantio de mudas e jardinagens tanto das áreas industriais quanto do próprio núcleo urbano.
Já o programa de reciclagem de correias transportadoras de minério de ferro, tiras e mantas gerou o reaproveitamento de quase 52 mil t do material, feito de borracha, entre 2011 e 2014. O projeto, desenvolvido em parceria com uma empresa de Minas Gerais, permitiu a Vale transformar uma despesa anual com incineração e aterro em receita obtida com a venda da sucata para a empresa mineira. O material descartado, que vinha se acumulando em algumas unidades operacionais no Brasil, é transformado em forros de caminhões e de caminhonetes, cabos de aço para currais, lameiras de aço, cocho para animais e, até mesmo em correias recicladas.
Empregados realizam a separação dos resíduos nas operações da Vale
Fonte: Redação MM
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