A mineradora Vale teve lucro líquido de US$ 1,654 bilhão no terceiro trimestre de 2019, após um prejuízo de US$ 133 milhões no trimestre anterior. A receita operacional líquida chegou a US$ 10,2 bilhões e a dívida líquida ficou em US$ 5,3 bilhões. Os dados foram divulgados no Rio de Janeiro.
Segundo a empresa, o prejuízo acumulado nos três primeiros trimestres do ano soma US$ 121 milhões, influenciado principalmente pelas provisões e despesas decorrentes da ruptura da barragem de Brumadinho, que totalizaram US$ 6,3 bilhões. No terceiro trimestre, as despesas da Vale com Brumadinho foram de US$ 255 milhões.
Com isso, o Ebitda pro-forma, com a exclusão das despesas relacionadas a Brumadinho, somou US$ 4,8 bilhões no período, US$ 198 milhões acima do trimestre anterior. Ebitda é a sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização.
Metais básicos
Por segmento, o Ebtida de ferrosos fechou o terceiro trimestre em US$ 4,6 bilhões e o de metais básicos em US$ 555 milhões.
O segmento de carvão ficou com Ebtida negativo em US$ 172 milhões. A venda de minério de ferro e pelotas atingiu 85,1 milhões de toneladas, 20,2% a mais do que no segundo trimestre.
Sobre as ações em Brumadinho, após o rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro deste ano, que deixou, até o momento, 250 mortos e 20 desaparecidos, a Vale informou que já foram pagos aproximadamente R$ 2,25 bilhões em acordos para indenizações civis e trabalhistas, a título de “compensações por danos materiais e morais, individuais e coletivos”.
Segundo a empresa, nove barragens de rejeitos estão sendo descaracterizadas ou reforçadas, com prazos para conclusão que variam do início de 2020 até o final de 2022.
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