A Mineração Usiminas (Musa) deu início a implantação do seu sistema de disposição de rejeitos filtrados. Conhecido também como dry stacking, o novo sistema vai permitir à empresa dar fim ao ciclo de uso das barragens para a disposição dos rejeitos gerados no processo de beneficiamento de minério.
Após a instalação do novo sistema, a Musa será uma das maiores minas de ferro no país a utilizar a tecnologia.
Com investimentos da ordem de R$ 160 milhões, será construída uma planta de filtragem, bem como as estruturas necessárias para conectar o novo sistema ao processo de beneficiamento. O valor também engloba a preparação da área que irá receber os rejeitos, formando uma pilha, e o transporte do material entre os dois pontos.
“O projeto do dry stacking é resultado de um trabalho iniciado em 2016, com os primeiros estudos, para alinharmos as operações da Musa às novas tecnologias e padrões de excelência nacionais e internacionais, gerando mais conforto para a população da região.
Dessa forma, a empresa continua investindo, crescendo e evoluindo com tecnologia de ponta, reafirmando o compromisso da nossa companhia com a sustentabilidade», afirma o diretor presidente da Mineração Usiminas, Carlos Hector Rezzonico.
A expectativa da Musa é concluir a execução do projeto em 12 meses, com início do funcionamento do sistema em 2021. O processo de empilhamento a seco dos rejeitos tem custos de implantação e de operação superiores aos das barragens de rejeitos convencionais. Entretanto, o diretor da companhia ressalta que os ganhos ambientais, os padrões de segurança e o conforto das comunidades vizinhas compensam o custo.
Carlos Hector avalia que, além de eliminar a necessidade de construção de novas barragens, o processo de empilhamento a seco também permite um maior reaproveitamento da água utilizada no processo mineral. “Parte da água que terminava seguindo para as barragens junto com os rejeitos, agora será drenada e recirculada, reduzindo a necessidade de captação em poços ou rios”, conta.
À medida que vai sendo formada, a pilha vai simultaneamente sendo revegetada para fins ambientais e geotécnicos. A nova metodologia apresenta, ainda, maior vida útil da estrutura, bem como oferece maior controle e estabilidade das estruturas de disposição.