Supremo Cimentos adquiriu equipamentos com maior eficiência energética para a nova unidade

Com nova unidade, localizada em Adrianópolis (PR), empresa mira mercado do Sudeste

Com previsão de atingir a totalidade da sua capacidade produtiva, de 1,7 milhão t por ano, em 2017, a Supremo Cimento deu o start na sua nova fábrica de cimentos, localizada em Adrianópolis, no norte do Estado do Paraná. A segunda unidade de produção da companhia no País recebeu aportes de R$ 700 milhões e está localizada próxima à sua jazida de calcário, principal matéria-prima para a produção do insumo.

Além de alta eficiência produtiva, a nova fábrica está equipada com equipamentos de baixo consumo energético. Com ampla atuação nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, o objetivo da empresa com a nova planta é estender o seu alcance para os mercados do Paraná e da região Sudeste.

De acordo com o gerente de projetos da Supremo Cimento, Flávio Gouvêa Avelar, um dos principais desafios da obra foi chegar a um layout compacto e racionalmente energético, além de empregar os equipamentos com a melhor tecnologia e eficiência. “A fábrica é hoje a mais moderna em termos de eficiência energética e com o maior cuidado com o meio ambiente no Brasil”, afirma.

Avelar ressalta ainda as técnicas construtivas empregadas na obra da nova fábrica da empresa. “Desenvolvemos projeto de fundações diretas, utilizamos concreto com alta resistência e fluidez e formas deslizantes e trepantes”, lembra. Segundo ele, todo o concreto utilizado foi fornecido pela fábrica da Supremo Cimento, em Pomerode, a cerca de 300 km de Adrianópolis.

Fundada em 2003, a cimenteira atraiu em 2011 investimento externo do Grupo Secil, um dos dois principais produtores de cimento de Portugal e que tem também atuação no Líbano, Tunísia e em Angola. O grupo adquiriu metade do capital social da Supremo e alavancou o investimento de mais de R$ 700 milhões na nova unidade de Adrianópolis.

Evanilton Braga, diretor Comercial da companhia, explica que a construção da nova fábrica foi motivada pelo crescimento que a construção civil brasileira tem conquistado nos últimos anos. “Acreditamos que o cenário do setor se mantenha favorável e que a construção civil volte a crescer nos próximos anos”, afirma.

A unidade do Paraná levou três anos para ser concluída e envolveu cerca de 1,5 mil trabalhadores em sua construção. Foram utilizados 60 mil m3 concreto, 6,6 mil t de aço de construção e 10 mil t de aço em equipamentos e estruturas metálicas. Ela está localizada em um terreno de 25 ha, com área total de 94 ha no parque industrial de Adrianópolis.

Atualmente, a cimenteira conta com 500 colaboradores e capacidade de produção de 400 mil t/ano. No ano passado, faturou cerca de R$ 200 milhões. Com a entrada em operação da nova unidade, a empresa aumentará sua capacidade para 2,1 milhões de t/ano.

A construção civil ficou a cargo da CMP Construções, as montagens industriais foram desenvolvidas pela Tecnomont Montagens Mecânicas, SMA Montagens Elétricas, entre outras. O gerente de projetos da Supremo Cimento também cita a participação de empresas internacionais, como a FLSmidth (Dinamarca e Estados Unidos), Secil (Portugal), MAG e Pfeiffer (Alemanha), e empresas internacionais com presença no Brasil, como ABB, WEG, Eletele e Rockwell.

Nota da Redação: informações publicadas originalmente na revista O Empreiteiro n. 539, texto de José Carlos Videira.