Com a entrega dos silos e torre de pré-aquecimento, expansão entra na fase de montagem dos equipamentos

A montagem mecânica do moinho de cimento, realizada por equipe técnica Holcim, está quase finalizada, com a instalação do separador dinâmico em seu topo. O equipamento impressiona por sua estrutura – possui 35 m de altura, 30 m de base e 15 m de profundidade. O próximo passo é a instalação da parte elétrica para iniciar sua operação em maio.

Em janeiro, a empresa concluiu as obras dos três novos silos, sendo dois de cimento e um de farinha. Os dois silos de clínquer foram concluídos em 2013/14. As estruturas de armazenagem de cimento possuem altura de 62,2 m e 65,6 m, com capacidades de 10 mil t e 20 mi t, respectivamente. O novo silo de cru também foi entregue, tem 72,5 m de altura e capacidade de 10 mil t. Também foi concluída em junho de 2013 a instalação da subestação, com potência de 90 MVA, e a nova linha de transmissão de energia elétrica, que tem quatro novas torres, com altura de 25 metros, e 600 metros de extensão.

Da BR-265, que liga Barroso às cidades históricas mineiras de São João Del Rei e Tirandentes, é possivel avistar a nova torre de 131 metros do pré-aquecedor, construída pelo método de formas deslizantes acionados por macacos hidráulicos, processo que tem maior capacidade de carga e velocidade de execução. No final de 2014, foi instalado o ciclone 5 em seu interior. É nesse equipamento que o calcário moído, juntamente com argila e corretivos, são pré-aquecidos antes de sua entrada no forno. A farinha pré-aquecida é introduzida no forno rotativo, onde é aquecida a uma temperatura de 1.500º C, antes de ser subitamente resfriada por rajadas de ar geradas por ventiladores. O resultado desse processo são bolas cinzas de diâmetro médio de 10 mm, conhecidas como clínquer. Gesso, escória e calcário são adicionados ao clínquer em quantidades específicas para o tipo de cimento pretendido. A mistura é então moída para a obtenção do produto final. Com a nova unidade, a capacidade diária de produção de clinquer aumentará de 2 mil t para 6,5 mil t.

A estimativa da empresa é de que a expansão venha consumir 160 mil m3 de concreto, 9 mil t de estrutura metálica, 600 km de cabos elétricos e 12 mil t de equipamentos.

Apesar da grande movimentação com a expansão, operação da planta antiga segue normalmente

Ensacamento e despacho

Após o ciclo produtivo do cimento, o insumo é armazenado em silos, podendo ser colocado diretamente em caminhões a granel ou embalado em sacos de 50 kg. Este último é feito por três sistemas automatizados de ensacadeiras e duas paletizadoras. A linha, desenvolvida pela Haver & Boecker e com capacidade de 2.400 sacos por hora, enche; pesa e despacha, via correia transportadora, os sacos para serem armazenados em pallets.

A movimentação das empilhadeiras para estocagem e carregamento é feita pela Movex Movimentação de Materiais. O galpão tem capacidade para armazenar 2,5 mil t de sacos, suficiente para o giro médio de 1 dia e meio. Para atender ao aumento de produção, a Holcim investirá em novas linhas de ensacadeira e também na construção de um novo galpão de paletizado. Atualmente, a unidade produz os cimentos CPll-E32, CPlll-32, CPlll-40 e CPIV. Com a nova produção, a empresa agregará dois novos tipos ao seu portfólio, o CP V ARI PLUS e CP V ARI RS – todos os produtos atendem às normas estabelecidas pelo Inmetro.

Moinho de cimento deve iniciar sua operação em maio

Sinergia

Apesar da grande movimentação de operários e a chegada de equipamentos novos, a operação da planta antiga segue a rotina. De acordo com Pedro Lluch, diretor do Projeto de Expansão, a operação demandou um planejamento detalhado para que a produção atual não fosse prejudicada durante as obras de expansão.

“O resultado da execução da obra está seguindo o que foi devidamente planejado. Todos os funcionários, pertencentes as empresas envolvidas, estão tendo uma sincronia e disciplina de execução bem coordenada”, Lluch.

Para facilitar a visualização e a comunicação, os funcionários da expansão utilizam uniforme diferente dos empregados da planta atual e da construtora Mendes Júnior. “A comunicação visual, com placas, sinalizações e uniformes especifícos, é essencial para o bom andamento das duas operações e preservação da segurança”, completa o diretor.

Fonte: Revista Minérios & Minerales