Rejeitos serão usados para construir casas populares

O programa Inova Vale, prêmio criado em 2009 na busca pela revisão da postura dos empregados, para que participassem da evolução da empresa, deu fruto a duas soluções tecnológicas que devem reduzir os custos produtivos e gerar ganhos a curto prazo. O programa que conta com a participação de 7 mil empregados e registrou 22,5 mil sugestões em 2010 teve tanto sucesso que neste ano foi expandido para as operações na Austrália, Canadá, Indonésia e País de Gales.


Uma das ideias que deve ser colocada em prática em breve é a reutilização de rejeitos do processo de pelotização do minério de ferro, que gera componentes argilo-minerais, entre eles sílica (areia) e lama (argila), e a escória proveniente da transformação siderúrgica como insumos para a produção de revestimento cerâmico.

Em fase de estudo de viabilidade técnico-econômica e encabeçada pelo coordenador de projetos siderúrgicos Miguel Pentes e o gerente de suprimentos Eduardo Cruz, a proposta inovadora pode substituir 85% das matérias-primas tradicionais. A Vale pretende firmar parceria com alguma universidade federal para balizar os resíduos como insumos e até 2012 deverá ser destinado à construção de casas populares, gerando ganho anual de US$ 490 milhões para a mineradora.

A segunda ideia que surgiu do programa Inova Vale e que está sendo implementada na Usina de Tubarão (ES), é a substituição do aglomerante químico bentonita por fibras orgânicas. Embora não revele a origem da fibra, a empresa calcula que a eliminação da bentonita reduzirá em 20% o custo da pelotização e que a solução ganhará escala industrial até 2012.