Utilização de filtros cerâmicos permitiram a produção de pellet feed de maior qualidade e com menor custo
“Nós fizemos vários estudos para identificar a opção que entregaria a melhor produção de pellet feed com um menor custo, e os filtros cerâmicos se mostraram mais vantajosos que as outras tecnologias existentes. Seu custo de instalação é menor, reduzimos o consumo de energia elétrica e não precisamos criar um processo adicional para promover a melhoria do efluente gerado. Além disso, obtemos uma umidade residual final de, aproximadamente, 8%”, explica o diretor de Operações do Sistema Minas-Rio, Rodrigo Vilela.
A tecnologia é usada desde o começo da operação do Minas-Rio, iniciada no segundo semestre de 2014, e oferece, ainda, outros benefícios, como menor ruído e a geração de um efluente de melhor qualidade. O processo de filtragem do minério de ferro do empreendimento ocorre na planta de filtragem no Porto do Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro, onde também está localizado o terminal de minério de ferro por onde o pellet feed é exportado.
O filtro de disco cerâmico é semelhante ao filtro de disco a vácuo convencional, mas com a diferença de o meio filtrante ser feito de cerâmica porosa, que promove a retenção do pellet feed e a passagem do filtrado por ação capilar, a qual cria um nível de vácuo extremamente elevado. As placas são produzidas em alumina sinterizada, com microporos uniformes, que permitem que apenas o líquido atravesse o leito.
Especificações técnicas
Os filtros cerâmicos utilizados na operação do Sistema Minas-Rio possuem as seguintes especificações:
– Área de filtragem: 144 m²
– Comprimento: 8,750 mm
– Largura: 5,900 mm
– Altura: 4,780 mm
– Peso: 34 ton
– Volume: 35 m³
– Energia instalada: 110 KW
– Energia média utilizada: 70 KW
Fonte: Revista Minérios & Minerales
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