Novo método de cálculo de custos, implementado em Córrego do Sítio, muda a visão de negócio da equipe operacional da AngloGold Ashanti

O trabalho “Sistema de Gestão All in Costs”, de autoria de Armando Figueiredo, gerente financeiro de Córrego do Sítio, expõe de forma sucinta a metodologia de gestão de custos All In Sustaining Cost (AISC), que foi implementada no complexo de minas da AngloGold Ashanti e visou à otimização de gestão por meio de um acompanhamento da performance financeira diária, mensal e anual do negócio. O projeto foi apresentado no VII Workshop Redução de Custos na Mina e na Planta da revista Minérios & Minerales.

O AISC, desenvolvido pelo World Gold Council, é a ferramenta utilizada para medição do desembolso por onça de ouro produzida, que inclui, além dos custos operacionais, os investimentos (Capex) em exploração e aquisição de equipamentos, por exemplo. O projeto da AngloGold Ashanti consistiu na implementação dessa metodologia para realizar uma avaliação diária dos gastos com mão de obra, materiais e serviços, associando aos níveis de produção, a fim de permitir intervenções gerenciais em tempo hábil para garantir a aderência dos custos aos planos previstos. Consiste na associação de métodos de gestão do tempo (mão de obra), preço-volume-performance (materiais) e gestão de serviços (serviços).

“O AISC considera não somente os custos operacionais diretos envolvidos para a produção de uma onça de ouro, mas também de todos os demais custos variáveis inerentes à produção de ouro ao longo da vida da mina”, ressaltou Figueiredo.


Armando Figueiredo, gerente Financeiro de Córrego do Sítio, unidade da AngloGold Ashanti

Em 2013/2014, o foco do projeto se referia às variáveis que compunham o custo operacional – mão de obra, materiais e serviços. Na Fase 2, que envolveu a implantação do sistema, o programa consistiu em incluir na frequência diária ou semanal, a avaliação também dos itens de investimento, a fim de permitir intervenções e aumentar a aderência aos resultados financeiros planejados por Córrego do Sítio.

“Colocamos em cada área da companhia (produção, exploração, suprimentos, manutenção etc.), um profissional responsável pelo controle de custos. Com reuniões diárias, incentivamos o total envolvimento dos funcionários com o desempenho da empresa, instaurando uma política de pertencimento e responsabilidade do funcionário com o negócio”, afirma Figueiredo.

De 2013 para 2014, o AISC da companhia foi reduzido em 23%, atingindo US$ 1.345 por onça produzida. Para este ano a previsão é de uma nova redução, dessa vez de 26%, ficando em US$ 954. De acordo com o gerente financeiro, uma remuneração variável, que compõe parte do salário dos funcionários, está associada ao cumprimento do orçamento estipulado pela empresa.

Em 2014, a produção da unidade de Córrego do Sítio atingiu 110 mil onças de ouro, proveniente de minas a céu aberto e subterrâneas. No mundo, a AngloGold Ashanti é a terceira maior produtora com 20 operações, localizadas em 10 países.

Fonte: Revista Minérios & Minerales