S11D opta por microdutos

Foto: Vale
Microdutos são cabos rígidos formados por pequenos dutos agrupados

Segurança, rapidez, baixo custo de manutenção e facilidade de ampliação são alguns dos benefícios da nova tecnologia para instalação de fibra ótica adotada peloS11D, em Carajás (PA). As fibras, que atenderão aos sistemas de automação, telefonia e internet da nova mina, estão sendo instaladas por meio de microdutos: um cabo rígido formado por pequenos dutos agrupados, por onde passam as microfibras óticas. A rede pode ser tanto aérea quanto subterrânea. É a primeira vez que a Vale usa esta tecnologia para instalação de fibras óticas.

Pelo método convencional, para ser distribuído 1 Km de fibra, é necessário o trabalho de 10 profissionais portando um rolo com as fibras, pesando aproximadamente 120 Kg. A tarefa manual leva sete dias para ser completada. Já com os microdutos, dois profissionais e um compressor de ar são suficientes para finalizar a atividade em meio período. Outro detalhe é que o rolo ficará fixo no local de lançamento, garantindo mais segurança no processo.

Os reparos na rede também serão realizados de forma mais simples e de baixo custo. Segundo Marcos Almeida, engenheiro eletricista, com os microdutos, não será necessário realizar emendas nas fibras no meio do percurso, como no modelo convencional: “Caso ocorra um rompimento na rede, apenas o microduto será emendado e a fibra será trocada por completo, preservando a qualidade do sinal”, ressalta o engenheiro.

A nova técnica também proporciona baixo custo em futuras ampliações. Segundo o Inspetor de Instrumentação da EPC, Marcelo Cabral, em caso de ampliação da rede, será necessária apenas a realização do lançamento da microfibra. “A tecnologia nos permite instalar microdutos com capacidade de vias superior ao número que iremos precisar inicialmente. Não será necessário refazer o sistema, apenas lançar as novas fibras nos canais disponíveis”, afirma o Inspetor.