O Porto de Tubarão, um dos principais modais de escoamento da produção de minério de ferro da Vale para o exterior, aprimorou as trocas de dormentes entres os pátios. O processo, que era feito manualmente e que envolvia a escavação para retirada de dormentes, esse ano passou a ser feito por uma retroescavadeira de pequeno porte. O equipamento não apenas abre a cava, mas retira e desloca o dormente de forma eficiente.
Com o novo processo, o serviço é realizado na metade do tempo. “Antes conseguíamos trocar, em média, de 15 a 20 dormentes por dia. Hoje, com a máquina, é possível trocar cerca de 50. Além de agilizarmos o serviço de manutenção dos pátios, garantimos a segurança e a ergonomia de nossos prestadores de serviço, que não precisam escavar manualmente e arrastar os dormentes dentro dos pátios”, afirma o supervisor de integridade estrutural do Porto, Marcelo Strieder, que explicou que os dormentes podem chegar a pesar até 400 kg.
A área estava estudando a melhor forma de fazer a troca há algum tempo e chegou a cogitar a compra de equipamentos parecidos com os utilizados na ferrovia. Mas, além de existir a necessidade de investimento alto na adaptação para pátios, não havia garantia da eficácia. “A máquina usada hoje é fruto de uma parceria com a empresa prestadora de serviço, que é a responsável por locar o equipamento, sem que este custo seja repassado para a Vale. Ele pode ser utilizado tanto em locais de uma única linha quanto com linha dupla, sendo uma vantagem sobre a máquina de ferrovia que só atenderia aos caminhos de linha dupla”, disse Strieder.
O minério de ferro e as pelotas são estocados em pátios, antes de serem embarcados nos navios e enviados para os clientes. Eles chegam até estas áreas por meio das correias transportadoras, porém a movimentação do material nas pilhas é feita por equipamentos de grande porte como recuperadoras e empilhadeiras, que podem pesar até 1.600 t. Estas máquinas se movimentam ao longo dos pátios por meio de trilhos sobre caminhos de rolamentos.
Em alguns casos, eles estão presos ao concreto, mas em outros ficam presos aos dormentes instalados em pilhas de brita, sobre bermas. Estes dormentes precisam ser trocados depois de um determinado período, uma vez que são feitos de madeira e ficam expostos, sofrendo as ações do clima e do tempo, e acabam se deteriorando, o que prejudica a qualidade e segurança dos caminhos de rolamento.
Fonte: Revista Minérios & Minerales
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