Desde 2013, Simara Consolação da Costa, de 32 anos, vem inovando a forma de atuação na mineração. Neste ano, com firmeza e obstinação, a mineira assumiu desafios que a destacaram e a transformaram na primeira mecânica de manutenção da unidade de Miraí (MG), da Companhia Brasileira de Alumínio.
Antes disso, exerceu as funções de auxiliar de laboratório – onde também foi pioneira – e de operadora de beneficiamento, criando, assim, uma trajetória inspiradora para mulheres que também almejam carreira no setor.
Por ser um cargo tradicionalmente ocupado por homens, onde desempenha trabalhos braçais de conserto de equipamentos e de coleta de vibração, Simara conta que, no início, sentiu uma onda de olhares de desconfiança, que logo se dissiparam: “Hoje me sinto acolhida! Aprendemos aos poucos que mecânica não é só força e que consigo contribuir com ideias diferentes, ou um jeito de produzir diferente, que podem tornar o processo de todos muito mais fácil. Os meninos que trabalham comigo me apoiam muito e me ajudam sempre que preciso. Temos uma relação de respeito mútuo”, comentou.
Todo o know-how adquirido por Simara até hoje foi fruto de muito trabalho durante seu dia-a-dia na planta de beneficiamento. A experiência acumulada durante os 6 anos na CBA continua abrindo portas para o desenvolvimento da profissional, que sente a empresa também bastante aberta e engajada em aumentar a diversidade do quadro de empregados.
Dentre as iniciativas da organização neste sentido, estão melhorias na infraestrutura para a inclusão: “Por conta de a mina ser afastada, esse tipo de ação é essencial para que mais mulheres venham trabalhar com o minério, torna o cargo compatível com diversos perfis. Isso também é fundamental para que eu continue me desenvolvendo como ser humano e como mulher mineradora”.
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