O projeto dos autores Matheus N. Moraes; Adailton O. Mota; Andrey M. Garcia; Leandro Ferreira; Paschoal Bonadia Neto foi escolhido pelo júri independente para receber troféu e placa de homenagem do 21º Prêmio de Excelência da Indústria Minero Metalúrgica. Trata-se do trabalho “Otimização da usina de processamento de cromita da RHI Magnesita em Santaluz-BA”

Sobre os autores:

Matheus Naves Moraes

Engenheiro de Minas e Mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais, com doutorado em andamento pela mesma instituição. Atualmente, atua como Pesquisador Sênior na área de processamento mineral do centro de pesquisas da RHI Magnesita, com projetos em desenvolvimento tanto no Brasil como no exterior.

Adailton Oliveira Mota

Técnico em Mineração, desde 1999 na RHI Magnesita onde ocupou diversos cargos em setores operacionais. Atualmente é o Supervisor de Mineração responsável pela mina, planta de beneficiamento e britagem de cromita, na unidade de Santaluz/BA.

Andrey Muniz Garcia

Engenheiro de Minas pela Universidade Federal de Minas Gerais e pós-graduado em Gestão de Finanças pela Fundação Dom Cabral. Iniciou sua carreira na RHI Magnesita em 2009 e atualmente, atua como Gerente de Operações de Mineração na RHI Magnesita.

Leandro Ferreira

Engenheiro de Minas e Mestre pela Universidade Federal de Minas Gerais. Atualmente, atua como Coordenador da unidade de Santaluz/BA onde é produzido o concentrado de cromita.

Paschoal Bonadia Neto

Engenheiro de Materiais com Mestrado e Doutorado pela Universidade Federal de São Carlos e pós-graduado em Gestão de Projetos pela Fundação Dom Cabral. Trabalhou na Alcoa por 7 anos nas áreas de engenharia de processos e desenvolvimento de produtos. Em 2007 ingressou na RHI Magnesita, onde atuou como pesquisador na área de matérias-primas e atualmente é Gerente de Tecnologia Mineral no centro de pesquisas da empresa. Desde 2011 é diretor técnico da Associação Latino-Americana de Fabricantes de Refratários (ALAFAR).

Sobre o projeto

A RHI Magnesita é a maior produtora de refratários do mundo, tendo como pilar estratégico desenvolver suas operações de produção de matéria prima, fortalecendo sua verticalização. Apesar de possuir minas em diversos países, como Áustria, China, Turquia, EUA e Brasil, a única operação de produção de cromita fica situada em Santaluz-BA.

Portanto, apesar da baixa produtividade anual (8.000 toneladas ano), quando comparada a outros empreendimentos minerários, essa unidade possui importância única não só para a companhia, mas também para a região, que tem na mineração sua principal fonte de geração de emprego e renda.

A operação conta com uma mina a céu aberto e o processamento é realizado por um moinho em circuito fechado com peneira, circuito de espirais concentradoras e, por fim, mesas pneumáticas garantem o teor final do concentrado.

O projeto foi realizado em três etapas distintas. Primeiramente foi feita uma campanha de amostragem e análise, onde os resultados foram utilizados para o cálculo do balanço de massas e modelamento do circuito de moagem. Em seguida, modificações no circuito foram simuladas e propostas de modificações foram realizadas. Por fim, as modificações simuladas foram realizadas e os ganhos quantificados.

Após as modificações, a produtividade da planta foi aumentada em 38% e os custos de produção reduzidos em mais de 15%. Além disso, com uma maior estabilidade do circuito, a qualidade do produto final também pode ser aumentada com menor variabilidade.