Trabalho da Imerys apresenta métodos e técnicas de recuperação de áreas degradadas
No projeto premiado é apresentada a atualização do Programa de Recuperação de Áreas Degradadas e Alteradas que será desenvolvido nas áreas a serem explotadas pela IRCC no município de Ipixuna do Pará. O principal objetivo deste Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) é apresentar os métodos e técnicas a serem aplicados para a recuperação das áreas degradadas na área de influência direta (ADA) da IRCC.
Com a implantação do PRAD pretende-se atingir uma condição ambiental estável para as áreas degradadas e alteradas, em conformidade com os valores estéticos e socioeconômicos do entorno, de modo a dar uma utilização futura adequada ao sítio minerado.
O conteúdo geral deste PRAD visa garantir que as áreas mineradas sejam levadas a uma condição de estabilidade, e estejam aptas para um novo uso compatível com a capacidade de suporte dos ecossistemas alterados em um prazo razoável após a exaustão das reservas.
Várias ações de recuperação de áreas deverão ser desenvolvidas para que reduzam, ao mínimo, a necessidade de ações na etapa posterior à exaustão das reservas e consequente desativação do empreendimento.
Segundo os autores, é altamente recomendável que a recuperação das áreas mineradas seja conduzida simultaneamente às atividades de exploração mineral, evitando-se, desta maneira, que grandes extensões de áreas permaneçam por um longo período, expostas às intempéries. Ademais, durante o período de operação do empreendimento, os recursos necessários à recuperação das áreas são mais facilmente mobilizados do que após sua desativação.
Área degradada considera-se aquela que, após ter sofrido um distúrbio, apresenta baixa resiliência, isto é, seu retorno ao estado anterior pode não ocorrer ou ser extremamente lento, em velocidade inaceitável para as pretensões humanas. Por outro lado, área perturbada é aquela que sofreu distúrbio, mas dispõe de meios de regeneração biótica suficientemente ativa para recuperar-se, por exemplo, banco de sementes e de plântulas, chuva de sementes, brotação, etc. Áreas mineradas a céu aberto são exemplo de áreas ecologicamente degradadas ou, resumidamente, áreas degradadas.
A recuperação de um ecossistema alterado pode ser voltada para as seguintes situações: (i) restauração à sua condição original; (ii) reabilitação pela restauração de algumas características originais mais aceitas; ou (iii) criação de um ecossistema novo totalmente distinto do original com características desejáveis.
A recuperação das áreas lavradas será realizada de acordo com o plano de lavra da IRCC, que adotará o método de lavra em tiras.
Do ponto de vista da reabilitação, o método apresenta a reconformação e recuperação das áreas lavradas, concomitantemente ao avanço da lavra. Desta forma, este método permite que ao final da vida útil da mina, esta esteja totalmente recuperada. As técnicas para a recuperação de áreas lavradas, recomendam uma série de etapas, durante e após a lavra. Essas etapas compreendem medidas de minimização e de reabilitação de áreas.
O projeto não prevê intervenções em áreas de preservação permanentes, como matas ciliares e bordas dos platôs. Caso haja necessidade dessas intervenções deverão ser utilizados métodos apropriados para sua recuperação.
A atividade de coleta de sementes de boa qualidade é muito importante para qualquer programa de produção de mudas, tanto para recuperação de áreas degradadas quanto para plantios de reabilitação de florestas em Reserva Legal ou Áreas de Preservação Permanente. A atividade chave para atingir um máximo de diversidade de espécies produzidas é a coleta de frutos e sementes. Por motivos genéticos é importante coletar sementes de várias matrizes.
Tratos culturais e manejo
O acompanhamento da evolução dos resultados da revegetação é fundamental para o sucesso das medidas implantadas. Consiste no monitoramento e intervenção posteriores aos tratos culturais e estabilização das medidas almejadas. Serão utilizadas parcelas permanentes para o monitoramento da revegetação.
Considerando a longevidade das atividades, serão estabelecidos sistemas de avaliação, de modo a assegurar a efetividade da recuperação, dentro dos custos e qualidades projetadas. Contemplarão ainda a observação das técnicas de recuperação utilizadas, de modo a não só melhorá-las, como também corrigir eventuais inadequações. A metodologia a ser empregada consiste de três partes.
Conheça o autordo projeto
Cláudio Cyrino da Silva – Graduado como engenheiro florestal, formado pela UFRA em 1986, especialização em manejo de floresta nativas, trabalhou 15 anos com reflorestamento e sistemas agroflorestais no Estado do Pará.
Leia a íntegra do trabalho “Programa de Recuperação de Áreas degradadas”.
Fonte: Revista Minérios & Minerales
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