Consultoria acredita na recuperação do mercado

A Deloitte apresentou um estudo sobre as perspectivas e desafios para a indústria global de mineração. No estudo, intitulado Tracking the trends 2016 (Acompanhando as tendências em 2016), especialistas abordam os impactos dos atuais gargalos do setor como a diminuição da demanda por commodities minerais, desaceleração da atividade econômica da China e maior dificuldade de se obter financiamento. O trabalho destaca um viés positivo do chamado “ciclo de baixa das commodities” relacionado ao esforço das empresas em cortar custos e elevar a produtividade das suas unidades, minimizando assim as perdas de receitas. Em longo prazo, esse arrocho pode gerar empresas mais eficientes e lucrativas quando o período de alta voltar, mesmo que seja em patamares menos exuberantes do que os registrados nos anos recentes.

Segundo Eduardo Raffaini, sócio e líder do segmento de mineração da Deloitte no Brasil, em curto prazo, em um ambiente de queda histórica nos preços, as empresas precisam reduzir custos e inovar, apostando em novas tecnologias. “Com a maioria dos ganhos rápidos já capturados, as empresas de mineração estão buscando melhorias operacionais. Como observado, essas soluções podem incluir programas de eficiência energética, a adoção de práticas Lean e investimentos em automação e robótica para análise de dados e materiais de processamento, tudo isso sendo uma forma de desbloquear novos ganhos”, afirma Raffaini.

Segundo o executivo, os crescimentos verificados na Índia e em países do Sudeste asiático podem compensar em parte uma menor demanda chinesa por commodities