Abimaq, presente na Equipo Mining 2014, luta por fortalecimento de toda a cadeia produtiva
Considerado um termômetro do crescimento do País, o setor de bens de capital – máquinas e equipamentos – tem sofrido retração desde o ano passado. Na luta pelo fortalecimento da indústria, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), entidade apoiadora da Equipo Mining 2014, tem apresentado junto aos governos, e em eventos que reúnem empresários e entidades do setor, pleitos que visam favorecer a cadeia produtiva do segmento.
De acordo com o 1º vice presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Equipamentos para Cimentos e Mineração (CSCM) da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Carlos Maurício Trubbianelli, apesar da baixa competitividade do setor, o mercado está reagindo. Porém, os maiores gargalos ainda a serem combatidos são a política de juros altos, o câmbio desfavorável e a alta carga tributária quem minam o poder de investimento dos empresários. “Acreditamos em uma nova política industrial, essa é nossa maior demanda. E além da eficiência, inovação e qualidade de nossas máquinas, os empresários brasileiros são bons negociadores, pois sabem identificar problemas dos clientes e apontar soluções. A participação da Abimaq e de empresas do setor de mineração em eventos como o Equipo Mining é importantíssima para toda a cadeia produtiva”, destaca.
Dados de 2013 mostram que naquele ano uma máquina produzida no Brasil foi 37% mais cara que nos Estados Unidos e na Alemanha. Trubbianelli explica que essa diferença se deve ao conjunto de barreiras tributárias e econômicas que dificultam a abertura de novas empresas e acabam levando, inclusive, à falência de algumas. “As mudanças mais urgentes estão nos impostos não recuperáveis na cadeia produtiva, na logística, nos encargos sociais e trabalhistas e nos custos de regulamentação, de investimento e de energia”, salienta.
Importação chinesa– As máquinas importadas invadem cada vez mais o mercado nacional. De 100 máquinas produzidas em 2004, 60 eram nacionais e 40 importadas. Hoje 25 são nacionais e 75 importadas, sendo que nas nacionais écada vez maior o índice de peças e componentes importados. Além disso, a idade média do parque industrial nacional é de 17 anos enquanto que em países desenvolvidos, como a Alemanha, o uso estimado é de apenas cinco anos.
“Entre os pleitos recorrentes da Abimaq estão a defesa de mecanismos de proteção ao setor, principalmente diante da invasão dos produtos chineses no mercado brasileiro, além da elaboração de leis de responsabilidade fiscal e a regulação do câmbio a favor das exportações. Buscamos a restrição do mecanismo ex-tarifário que garante a redução temporária da alíquota de importação quando não há a produção nacional e que as licenças de importação não sejam automáticas”, reivindica Trubbinelli.
Mais informações sobre o evento estão disponíveis em www.equipomining.com.br.
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