Iniciativa busca contribuir com o empoderamento feminino no município de Aripuanã
A Nexa e a Rede de Proteção Social e do Sistema de Garantia de Direitos de Aripuanã firmaram, no início do mês, compromisso de fortalecer a atuação da rede de proteção e políticas públicas voltadas aos direitos das mulheres. Trata-se do projeto “Aripuanã por Elas”. A iniciativa recebe o suporte técnico do Instituto Votorantim e a Ecos-Comunicação em Sexualidade. A pactuação foi elaborada para dar apoio à implementação de ações de promoção da igualdade de gênero, enfrentamento à violência, entre outras violações dos direitos das mulheres.
A parceria se fundamenta em medidas que preveem a eliminação de todas as formas de discriminação e violência contra as mulheres. O projeto voluntário da Nexa pretende consolidar e ampliar os direitos das mulheres aripuanenses por meio de políticas públicas com a perspectiva de gênero. Para isso, estão previstas campanhas educativas e oficinas informativas, com ênfase no fortalecimento da participação social e apoio à consolidação da política de enfrentamento à violência.
O planejamento reúne um conjunto de diretrizes, metas e ações que irão compor o plano de ação para 2021. Neste primeiro momento, a consultoria contratada, neste caso, a Ecos-Comunicação em Sexualidade, realizará o diagnóstico situacional para definição das estratégias. Nesta fase, serão avaliados os seguintes cenários: igualdade de gênero; mercado de trabalho; violação dos direitos, entre outras abordagens. Devido a pandemia de coronavírus as entrevistas com o corpo técnico da Rede de Proteção Social e do Sistema de Garantia de Direitos do município será de modo remoto.
Silvia Regina Ferreira, gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional do Projeto Aripuanã, considera que a mulher exerce importante papel na sociedade. “Essa iniciativa tem como objetivo fortalecer o empoderamento das mulheres por meio de políticas públicas. As mulheres exercem cada vez mais um papel de protagonista, embora ainda sofra com as heranças históricas do sistema social. Com o tempo, elas vêm conseguindo aumentar o seu espaço nas estruturas sociais, assumindo postos de trabalho, cargos importantes e múltiplas estruturas hierárquicas”.
Na percepção da diretora executiva da Ecos-Comunicação em Sexualidade, a psicóloga Juny Kraiczyk, a iniciativa irá promover os principais obstáculos para erradicar os casos de violação dos direitos contra as mulheres, como a resistência do efetivo engajamento dos homens como uma peça-chave no combate a essa triste realidade. “O primeiro passo é reconhecer que determinadas atitudes precisam ser mudadas. As pessoas conseguem perceber o papel da justiça, porém, com a rede de proteção estruturada cria-se uma esperança na comunidade em relação aos danos provocados às mulheres. É preciso olhar para os abusos sexuais e violência acometidos sobretudo em tempos de isolamento provocado pela pandemia”.
Integram a Rede de Proteção Social e do Sistema de Garantia de Direitos do município os representantes do Conselho Municipal de Mulheres, Conselho Estadual de Direitos da Mulheres, além de gestores da Secretaria de Assistência Social, Educação e Saúde, Conselho Tutelar, Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Polícia Militar, Polícia Civil e Promotoria de Justiça.
Últimos Comentários