Morreu, aos 77 anos, na noite desta quinta-feira (26/1) o jornalista Nildo Carlos Oliveira. Nildo atuou por mais de três décadas na revistaO Empreiteirocomo repórter, redator, editor e consultor.

Considerado um dos principais jornalistas em engenharia, construção e infraestrutura, Nildo esteve em quase todas as grandes obras realizadas no País desde os anos 1970, incluindo a Rodovia Transamazônica, hidrelétrica Itaipu, Ponte Rio-Niterói, Rodovia Imigrantes, hidrelétrica Belo Monte, entre outras. Também cobriu empreendimentos no exterior, como a recente ampliação do Canal do Panamá.

Nascido em Alagoas, Nildo passou a adolescência em Marília, interior de São Paulo. Em 1964 chegou à capital paulista para trabalhar no grupo Folha da Manhã, onde foi repórter e redator – chegou a criar uma seção chamada “A Cidade” na Folha da Tarde. Depois atou no jornal e rádio da Fundação Casper Líbero e na agência de notícias Associated Press.

Foi redator e editor de várias publicações técnicas de engenharia, arquitetura e urbanismo, tendo destaque sua atuação na revista mensalO Empreiteiro. Sua coluna “Dimensões”, com notas exclusivas, foi por muito tempo referência de informação no setor.

Escritor versátil produziu biografias, romances, crônicas, ensaios e relatos históricos. É autor dos livros “A Construção no Espelho” (ensaios), “Madalena” (novela), “Com a Idade da Terra” (histórias), “Olho por Olho” (romance), além de redator de obras na sua principal área de atuação, como “Arquitetura Escolar”, “100 anos da Engenharia Brasileira”, “Aço e Concreto que Parecem Voar” e “O Mestre da Arte de Resolver Estruturas – a História do Engenheiro Bruno Contarini”. Também participou de várias coletâneas com autores de sua geração.

Nildo Carlos Oliveira morreu em casa após sofrer ataque cardíaco. Seu corpo será sepultado nesta sexta-feira (27/1), às 17h, no Cemitério da Paz, em São Paulo (SP). O jornalista deixou a mulher e dois fihos.