A Tesla fechou acordo para compra de grafite produzido pela mineradora australiana Syrah Resources em Moçambique , reduzindo sua dependência das importações da China para a produção de baterias de íon-lítio para carros elétricos.
A Associated Press informou que a Tesla comprará o material da planta de processamento da Syrah em Vidalia, Louisiana, EUA, que obtém grafite de sua mina em Balama, Moçambique. O valor do negócio não foi divulgado. Localizada a 200 km do porto de Pemba, a mina de Balama é considerada o maior depósito de grafite de alta qualidade no mundo. Além dessa empresa, a Triton Minerals também opera nessa região.
Desde 2018, quando as jazidas começaram a ser exploradas, Moçambique se tornou um dos dez maiores produtores mundiais de grafite. Estima-se que a produção anual esteja na faixa dos 45 mil a 50 mil toneladas de concentrado de grafite em flocos, com qualidade de 96,7% de carbono grafite total (TGC). Para 2022, a expectativa é alcançar um volume de 100 mil toneladas.
O projeto da Syrah contempla três depósitos: Buffalo, Leão e Elefante. Todos os três apresentam o grafite em flocos grandes, ideal para preparar material de ânodo de baixo custo e de grau bateria. O mineral percorre 490 km de estradas até o Porto de Nacala, de onde é exportado. O maior produtor de grafite é a China, seguida por Brasil e Madagascar. Segundo a AP, a montadora com sede em Austin, no Texas, EUA, planeja comprar 80% do que a planta da Syrah produz – 8 mil toneladas de grafite por ano – a partir de 2025, conforme o acordo firmado.
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