O presidente do Conselho Internacional de Mineração e Metais (ICMM, na sigla em inglês), Rohitesh Dhawan, disse, na Exposibram 2023, que o Brasil precisa avançar no estabelecimento de políticas públicas para metais estratégicos. Ele participou de um debate com representantes de empresas do setor e do governo federal, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém (PA).

Segundo Dhawan, essa discussão é global e deve ampliar a própria definição sobre os minerais estratégicos. “Em dois anos, conseguimos elaborar cerca de 100 políticas para esse segmento ao redor do mundo. O Brasil, até mesmo pela sua condição de liderança, precisa avançar, reduzindo burocracias e estabelecendo compromissos compartilhados em busca de uma mineração responsável que proteja as pessoas e o meio ambiente”, disse Desburocratização

Uma das etapas mais importantes para a instalação de um projeto é o licenciamento ambiental. É nessa fase que está o Projeto Potássio Autazes, da Potássio do Brasil. “Já estamos há sete anos nesse processo. Acreditamos que podemos ampliar políticas públicas quando governos, iniciativa privada e sociedade se unem em prol de uma agenda efetiva que garanta mais agilidade, inclusive nesse momento”, defendeu o presidente da empresa, Adriano Espeschit.

Para o diretor presidente da Lundin Mining Corporation, Ediney Drummond, altas taxações, burocracias em licenciamentos e limitações logísticas são alguns dos principais obstáculos enfrentados pelo setor no Brasil. “Cerca de 8% do nosso custo operacional é relacionado somente ao transporte do nosso produto, que é feito em mais de mil quilômetros de estradas em carretas, simplesmente porque não temos outras opções”, ilustrou.

Esse ambiente mais propício ao negócio é fundamental para a instalação e, sobretudo, manutenção de um projeto. O gerente Executivo Comercial da Mineração Taboca, Ronaldo Lasmar, lembrou que o Brasil já definiu quais são seus minerais estratégicos, mas ainda precisa avançar, sobretudo, na simplificação de processos.