Meu nome é Lorrana Souza, tenho 27 anos e sou natural de Mãe do Rio-PA.Saí da minha cidade aos 20 anos, cheia de sonhos, garra e coragem. Iniciei minha trajetória profissional na mineração em 2016, como zeladora em uma empresa no interior do estado do Amapá. Pouco tempo depois, surgiu uma oportunidade de estágio no setor de suprimentos/almoxarifado da Beadell Brasil, me candidatei e consegui a vaga.
A vida de estagiário foi decisiva,me esforcei muito e aprendi com cada erro cometido, nunca me intimidei com as dificuldades que surgiram no caminho, pelo contrário essa experiência me fez sonhar cada vez mais alto e não desisti dos meus objetivos. Trabalhei muito, mas com paixão pelo o que eu aprendia a cada dia, me motivei cada vez mais a seguir nesta área.
Para mim, tudo isso era compensador, porque sabia onde queria chegar e a recompensa veio após 8 meses. Tempo em que fui efetivada na empresa como almoxarife.
Mas ainda era pouco e logo iniciei meu curso de logística na Uninter e com muita perseverança, persistência e paciência, fui promovida a Técnica de Materiais. Hoje sou responsável por várias etapas da cadeia logística da empresa que trabalho e me sinto igualmente reconhecida e respeitada pelos outros setores da empresa.
Mas, nada foi fácil até aqui, ser mulher em um ambiente que anteriormente era composto majotariamente por homens, significa vencer um desafio por dia, principalmente quando se busca autonomia para participar das tomadas de decisões, pois você precisa provar em dobro seu valor e sua competência.
Ser mulher na mineração é desafiador, mas a cada dia nosso espaço é conquistado, e a cada vez percebo que a nossa presença nas minas, no subsolo nos debates políticos e técnicos, gera menos perturbações baseadas em crenças e atitudes ultrapassadas.
Expresso minha admiração a todas as mulheres que tem a coragem de se manter forte, sem se preocupar com os papeis de gênero pré-definidos. Saibam que todas nós somos essenciais para mineração, fazemos e faremos a diferença sempre!
Uma águia não teme o galho que pisa, pois confia no poder de suas asas. Eu não tenho medo de voar.
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