“Sou do interior de Goiás, criada na zona rural de uma cidade com pouco mais de cinco mil habitantes. O meu conhecimento de mundo era restrito. Mamãe é do lar e meu pai servidor público. Sempre me ensinaram que nada cai do céu. Foi com suor e muito trabalho deles que estudei e cresci enquanto pessoa. Na minha casa nem as pessoas das quais mantive convívio trabalhavam em Mineração. Quem fazia algo de diferente atuava em Comércio e olha lá. Foi neste ambiente de simplicidade que passei mais da metade da minha vida. fui criada com valores que são minha essência, como o respeito, e fui incentivada a ir em busca de novas possibilidades.
Eles me apoiaram na decisão de sair de casa e me mudar para cidade vizinha. E aos 24 anos, tive a oportunidade de ingressar na indústria da mineração como auxiliar de logística. Um novo mundo de inúmeras possibilidades. Eu não tinha expectativa alguma porque desconhecia muita coisa. E era chegada a oportunidade de explorar as minhas potencialidades e desbravar um mundo totalmente desconhecido.
Em Catalão, na época, não existiam cursos específicos para logística. O meu dia a dia, com funções relacionadas a faturamento, vi em Ciências Contábeis a chance de ter um diploma de Ensino Superior e agregar mais conhecimento para minhas atribuições. Um dos desafios, até então, foi de conciliar estudo com o trabalho. Eu rodava turno e precisava garantir presença em sala de aula. A Alternativa foi optar por um curso que fosse semipresencial. E foi o que fiz! Tive apoio de todos, inclusive dos meus colegas de trabalho.
A área em que atuo, as pessoas as quais convivo diariamente, ahhh, é uma mistura de admiração com paixão. Lembro de participar de várias etapas do processo seletivo e ainda na integração já havia sido escolhida para completar uma nova equipe. Fomos designados para o setor de logística. E tudo era novo. Aprendemos, crescemos e nos superamos juntos. Afinal, trabalho em equipe é fundamental. O que eu faço é parte de vários processos, mas eu entendo a minha importância enquanto unidade. Nós somos 15 pessoas, e só eu de mulher. E isso nunca me afetou. Sempre fui tratada muito bem e de forma profissional.
O maior desafio é encarar as adversidades. Na área de logística ‘otimizar’ e ‘melhorar’ são processos diários. Estou inserida em cenário que muda constantemente. As adversidades como chuva, movimentação e transporte interferem no nosso trabalho. Por isso, o diferencial de quem atua nesta área é saber driblar os obstáculos e entender que as dificuldades são diárias. Temos que compreender o processo como um todo. O fato de estar numa sala não me impede de ter que ir a campo ou saber como estão demais processos antes e depois de passar pela minha área.
Apesar da logística ser uma área de apoio, acredito que faço parte de uma das artérias do coração da empresa, pois oxigenamos nosso trabalho para todas as partes da companhia. E temos uma interação dentro e também fora, com fornecedores, terceirizada e clientes. Somos o ponto final de todo os processos que constituem a CMOC. É de onde entregamos o produto final para nossos clientes.
Este contato com a parte interna e externa da companhia me viabiliza externar um pouco dos valores da empresa e também trazer um pouco dos meus valores familiares. Em casa aprendi muito sobre respeito. Na empresa agreguei outros valores, principalmente segurança. E quando falo em segurança é em todos os sentidos. Um ambiente seguro para se trabalhar; uma empresa que te desafia, te incentiva a crescer. E não posso deixar de falar sobre a segurança que me foi passada quando tive meu filho, Luis Miguel, de 5 anos.
Hoje, aos 35, sou mãe, assistente de logística sênior e sou muito grata por tudo que conquistei e o que ainda há de conquista dentro da CMOC. São dez anos de empresa, de indústria da mineração e de muito, mas muito aprendizado. À mulher que me questionar sobre o meu trabalho e quiser saber o porquê de atuar neste segmento eu digo: ‘acredite em si e vá’.”
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