A Lipari, maior produtora de diamantes do Brasil, pretende abrir capital na bolsa de venture capital de Toronto, a TSX Ventures, no Canadá. A medida  faz parte da estratégia da empresa para ampliar as operações na Bahia, onde opera a mina de Braúna, no município de Nordestina. 

A Lipari também está de olho em um novo depósito no Pará e em um empreendimento em Angola. As informações foram divulgadas pelo serviço de Broadcasting do Estadão.

A Mina Braúna é a primeira mina de diamantes da América do Sul, desenvolvida a partir de um depósito de kimberlito, a rocha fonte primária de diamante.  A mina é operada a céu aberto e alimenta uma planta de processamento de 2.000 toneladas de minério kimberlítico por dia.

Os planos da Lipari para a região incluem estudos de viabilidade da mina subterrânea e pesquisa mineral em novas áreas. Os valores do investimento, que incluem também a modernização da planta e dos equipamentos, são estimados em US$ 53 milhões.

Para Angola, segundo o presidente da mineradora, Kenneth Wesley, disse ao Estadão, o plano é a aquisição de um projeto de diamantes em estágio avançado de desenvolvimento, capaz de entrar rapidamente em produção. Segundo ele, as minas de kimberlito do país africano são até cinco vezes maiores do que as que temos no Brasil.

A Lipari está investindo também cerca de US$ 500 mil (cerca de R$ 3 milhões) para realizar perfurações em cinco kimberlitos no município de Viseu, no Pará. 

Segundo a empresa, se as prospecções prosperarem, será montada uma base de operação do Estado. As estimativas são de que menos de 5% do potencial do Brasil de produzir diamantes a partir de kimberlitos foi explorado. A Lipari projeta fechar 2022 com uma produção de 110 mil quilates de diamantes, num momento em que o mercado de gemas ainda se recupera do tombo que levou durante a pandemia.