Geóloga formada pela Universidade Federal do Mato Grosso e com mestrado em Engenharia Mineral pela Universidade Federal de Pernambuco, Thaíse Kalix entrou em 2013 na Beadell como júnior e não parou mais, até chegar à posição que ocupa hoje, como Coordenadora de Geologia de Mina, liderando uma equipe de, aproximadamente, 60 pessoas.

A líder é responsável pela parte operacional e de controle de qualidade na Geologia de Mina, supervisionando o trabalho em campo, a liberação de minérios e também campanhas de sondagem. Com predominância masculina em sua equipe, ela diz não ter tido qualquer problema no comando, ressaltando, inclusive, que o respeito impera no local. “Gosto de trabalhar com homens, pois me respeitam ainda mais, e nunca, em minha carreira, presenciei nenhuma resistência por ser mulher”, conta

Apesar de o número de homens e mulheres ser equilibrado na faculdade de Geologia, ela explica por que em sua área de trabalho eles estão em maior número: “Em geologia de exploração, é difícil encontrar uma mulher, mas isso ocorre porque o trabalho é muito pesado, exige muito esforço físico, principalmente na área de mapeamento. Porém, há muito espaço em áreas mais técnicas ou de controle. Mulheres tendem a ser mais cuidadosas e detalhistas, o que pode fazer a diferença”, diz.

Natural de Cuiabá (MT), sempre foi ligada à terra, ao contato com a natureza e, assim como muitos de seus colegas, pensava em cursar Agronomia. Porém, resolveu experimentar a área de Geologia e considera ter sido a decisão certa. Realizada profissionalmente, Thaíse recebeu promoções e reconhecimento nos últimos seis anos e orgulha-se de ter chegado neste patamar.

“Consegui desenvolver minha carreira e acho que isso se deve, principalmente, ao comprometimento e à vontade de estar em busca de conhecimento. Gosto de me manter atualizada e não me acomodar”, conclui a coordenadora de Geologia da Beadell, mineradora de ouro localizada em Pedra Branca do Amapari (AP).