A mineradora sueca LKAB reportou, na última sexta-feira, 13 de janeiro, ter descoberto o maior depósito de terras raras da Europa, que ainda não dispõe de nenhuma mina desses minerais atualmente.

Os elementos de terras raras são metais essenciais para a fabricação de baterias d veículos elétricos, turbinas eólicas e discos rígidos de computador, e a maior parte da oferta mundial hoje é provida pela China. Os elementos mais conhecidos desse grupo são o neodímio e o praseodímio.

Jan Moström, principal executivo da empresa, disse: “Este é o maior depósito conhecido de elementos de terras raras em nossa parte do mundo e pode trazer um avanço significativo para a produção de matérias-primas críticas que são absolutamente cruciais para permitir a transição verde. Enfrentamos um problema de abastecimento; sem minas, não pode haver veículos elétricos”. 

A área fica ao lado da mina de Kiruna, que vem sendo explorada para a extração de minério de ferro há 160 anos, o que significa que toda a infraestrutura para uma eventual produção já está pronta.

Os elementos de terras raras ocorrem junto com o fósforo no mineral apatita, no que é principalmente um depósito de minério de ferro e que, portanto, pode ser produzido como subproduto. 

A LKAB já começou a abrir uma galeria a partir da mina existente, com vários quilômetros de extensão, a uma profundidade de aproximadamente 700 metros, em direção ao novo depósito chamada Per Geiger, a fim de poder investigá-lo em detalhe.

O editor da revista MINÉRIOS, Joseph Young, visitou Kiruna dentro do círculo polar da Suécia décadas atrás, quando a mina subterrânea já era uma das mais eficientes graças a extensa automação. Uma curiosidade – já naquela época trabalhavam no subsolo operadoras mulheres de equipamentos.  Outro fato inusitado é o centro urbano de Kiruna ter se mudado fisicamente de lugar, em tempos recentes, para que a mina pudesse expandir suas frentes de lavra.