Devido sucesso, aplicação se estendeu para outros equipamentos da frota de apoio

Rui José Gonçalves Tavares, Supervisor de Caminhões da Hydro Mineração Paragominas

AMineração Paragominas, localizada no Pará, possui o primeiro mineroduto para escoamento de polpa de bauxita a operar no mundo. Com método de lavra a céu aberto / strip mining, a mina é responsável pela produção de 9,3 milhões t de bauxita. A área em que a mina está localizada é bastante extensa, com grande tendência a criação de poeira. “No verão amazônico é praticamente impossível trafegar sem o apoio dos caminhões pipa, devido a pouca visibilidade ocasionada pela poeira.

Custo de um equipamento novo com implemento não é inferior a R$ 450.000

Nesse cenário, os caminhões pipa são de importância vital para reduzir a dispersão de poeira e garantir a trafegabilidade da mina, de forma a manter a segurança das operações de transporte de minério”, explica o supervisor de caminhões da empresa, Rui Tavares.

A estratégia inicial da equipe se baseou na aquisição e operação de equipamentos novos que, quando atingissem 18.000 horas, fossem retirados da operação de lavra e transformados em equipamentos de apoio ou desmobilizados. Ao atingirem 25 mil horas de operação, os caminhões eram desativados em definitivo.

“Com o Life upgrade, o foco passou a ser ampliar ao máximo a vida operacional dos caminhões pipa e manter os custos operacionais dentro de limites que justificassem investimentos a serem realizados”, relata Tavares.

Custo com a reforma chegou a R$ 65 mil

Para tal, foi desenvolvida e aplicada uma metodologia, dividida em três fases de trabalho. Na primeira, foi realizada o levantamento de informações e dados de vida útil dos componentes, análise dos lubrificantes e estrutural. A segunda etapa envolvia a análise RCM/LCC, referente ao ciclo de vida do equipamento e análise de confiabilidade, levando em consideração o histórico de falhas do equipamento e com a projeção de possíveis falhas que ela possa vir a ter. Na terceira fase, foi realizada a execução de reparo estrutural e a substituição de alguns componentes.

Os resultados foram acima do esperado. “Tivemos um retorno excelente. O custo de um equipamento novo com implemento não é inferior a R$ 450.000,00. Nessa reforma, o custo foi de R$ 65.000,00, e a expectativa de vida útil é chegar a 35 mil horas de operação, contra as 18 mil apresentadas anteriormente. O resultado foi tão positivo que a mesma metodologia está sendo replicada a outros equipamentos da frota de apoio, como caminhões de abastecimento, de lubrificação e outros”, finaliza Tavares.