Fábrica terá o maior moinho do mundo e transportador de correias de 7 km

Instalada no Brasil em fevereiro de 1951, com a chegada do grupo suíço Holderbank no Brasil, a Holcim iniciou as atividades na fábrica de Pedro Leopoldo (MG) em setembro de 1973, sendo naquele momento considerada um modelo de tecnologia para a indústria cimenteira na América Latina. Em 1984 foi concluído o projeto de expansão da unidade, ampliação que permitiu um aumento da capacidade instalada da fábrica para 2,65 milhões t/ano de cimento. Dessa maneira, nos anos 1980, a produção cimenteira do Grupo no Brasil, somando o volume das fábricas de Pedro Leopoldo (MG) e Ipanema (atual Sorocaba, SP), ultrapassou a marca dos 3 milhões t/ano.

No momento, a unidade de Pedro Leopoldo conta com 405 funcionários, incluindo os 24 ligados diretamente com a mineração, além de mais 39 estagiários e 317 terceiros fixos. Somente nessa unidade, os investimentos anuais se aproximam dos R$ 15 milhões para a fábrica e R$ 5 milhões para a mina.

Em janeiro de 2014 foram adquiridos para renovar a frota da mina, cinco caminhões articulados Volvo de 40 t modelo A40F, uma motoniveladora G930 Volvo e carregadeiras de rodas L250G de 8 t em sistema de serviço de manutenção full service. Com isso, a equipe de manutenção, composta por três funcionários da Holcim e um da Volvo, conseguiu aumentar a disponibilidade física dos equipamentos de 85 % para 95 %.

Para garantir a segurança dos operadores, esses equipamentos possuem cabines ROPS (Roll Over Protective Structure) – estrutura protetora que minimiza os traumas decorrentes de um capotamento caso o motorista esteja preso ao cinto – e FOPS (Falling Objects Protective Structure).

Fabricação do cimento

A camada superior de estéril é carregada em caminhões que o deposita em uma área destinada, já a camada de solo vegetal é removida separadamente e armazenada para a reabilitação ambiental dos platôs dos depósitos de estéril.

Com movimentação total de 2,5 milhões t/ano, vida útil estimada de pelo menos mais 44 anos e produção de cimento de 2 milhões t/ano, a mina de calcário de Pedro Leopoldo trabalha no desmonte com malhas de furos de 3×6 m e diâmetros de 6 polegadas. Para esse trabalho, a empresa utiliza duas perfuratrizes, uma DX 680 e outra DX 800, ambas da Sandvik.

Após as detonações, o material precisa estar com granulometria menor que 1,0 m de diâmetro para ser carregado pelos caminhões articulados e seguir ao britador de onde sai com 95 % do seu total menor do que 1 polegada e segue por transportador de correias. Essa correia transportadora (36 polegadas), com 38 cabos de aço, leva o minério britado em um percurso de 5,4 km da mina até a fábrica, sendo uma parte destinada à pilha pulmão, e o restante para o processo.

A moagem do calcário, argila e corretivos produz um pó fino, conhecido como “farinha”, que é pré-aquecido e em seguida introduzido em um forno rotativo. O material é aquecido a uma temperatura de 1.500º C (por uma chama de 2.000º C), antes de ser subitamente resfriado por rajadas de ar. Ao todo, Pedro Leopoldo possui quatro moinhos de cimento e dois fornos – em suma, são duas fábricas paralelas – onde é produzido o clínquer, o material básico necessário para a produção de todos os tipos de cimento.

Uma pequena quantidade de gesso é adicionada ao clínquer para regular como o concreto endurecerá (tempo de pega). A mistura é então finamente moída para se obter o cimento puro. Durante essa fase, diferentes materiais minerais podem ser adicionados além do gesso. Usadas em variadas proporções, essas adições, que podem ser recursos naturais ou subprodutos industriais, como é o caso da escória – subproduto da fundição de minério de ferro-gusa – dão ao cimento propriedades específicas como: redução de impermeabilidade; resistência a sulfatos e ambientes agressivos; melhor desempenho; e acabamento.

Por fim, o produto final é armazenado em silos. O produto no caso da fábrica de Pedro Leopoldo é carregado para distribuição de duas formas. A primeira é por caminhões com o cimento já em sacos, a segunda é a granel, ou por caminhões com tanques fechados de transporte, ou por trem. A Holcim possui 360 vagões e cada um carrega 74.450 kg.

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Expansão da fábrica em Barroso (MG)

Após a emissão das licenças ambientais (LP e LI), em abril de 2012, as obras de expansão da fábrica da Holcim em Barroso (MG) foram intensificadas. A central de concreto, com capacidade de 180 m³/dia já está concluída.

Os alojamentos construídos possuem vinte módulos e ocupam uma área de 7.580 m para abrigar até 2 mil funcionários. A fundação da passarela de pedestres, que vai ligar o alojamento ao canteiro de obras, já está concluída. A unidade terá quatro bombas, três em funcionamento e uma reserva, para fornecimento de água para o alojamento, a central de concreto e o canteiro de obras, ao longo de 2 km de tubulação que liga a Estação de Tratamento de Água (ETA) até a central de concreto.

Os veículos de carga responsáveis pelo transporte de insumos terão novo acesso à fábrica. Os serviços de limpeza de terreno e drenagem, para a construção da nova portaria de caminhões, estão em andamento. Uma área de 5000 m², que abrigará cinco galpões cobertos para estocagem de equipamentos sensíveis, foi entregue no primeiro trimestre de 2013.

Houve a implantação de umpreheaterde 130 m de altura, a instalação das bases do maior moinho de cimento do mundo, com cerca de 35 m de altura, 30 m de base e 15 m de profundidade, além de outras estruturas complexas para a infraestrutura da f&
aacute;brica.

Conhecido em português como pré-aquecedor, é no preheater que a matéria-prima do cimento (calcário e argila) é pré-aquecida para se transformar em uma espécie de farinha, pronta para ir ao forno e se transformar em clínquer, o principal componente do cimento do tipo Portland.

Dois silos foram erguidos utilizando o processo de formas deslizantes. São dois silos de cimento, usados para armazenar o produto final, sendo um de 62,2 m de altura e capacidade de 10 mil t e o outro com 65,6 m de altura e capacidade de 21 mil t. O silo de clínquer atingiu 38,8 m de altura e comportará 35 mil t. O novo silo de cru, que armazena a matéria-prima a ser aquecida nopreheater, terá 72,5 m de altura para guardar até 10 mil t.

Uma das prioridades para a ampliação é o uso de tecnologia de ponta, visando à agilidade e segurança em todos os processos de produção da fábrica. A condução de calcário e agregados da mina Mata do Ribeirão, em Prados (MG), até a mina Capoeira Grande, será realizada por uma correia transportadora suspensa, substituindo o antigo teleférico. A estrutura terá 7 km de extensão e possui uma gaiola que transporta o profissional de manutenção até o local de eventuais reparos da correia.

A primeira correia transportadora do Brasil que utiliza a tecnologia flying belt(correia suspensa a grande altura) também está em fase avançada, com a conclusão das 18 torres. A próxima etapa é a instalação dos cabos que irão segurar a correia, trabalhos que começam já em julho.

A nova portaria que receberá os insumos também está em fase avançada. Nas próximas semanas receberão as balanças de pesagem. A nova estrada que dá acesso a esta portaria já está concluída.

A ampliação da fábrica da Holcim em Barroso (MG) é atualmente o maior investimento fora do país de origem da empresa suíça – R$ 1,4 bilhão, utilizados na execução do projeto e aquisição de equipamentos. Ao final, a capacidade da unidade passará do atual 1,2 milhão t/ano de cimento produzida ao ano para 3,6 milhões t/ano. A capacidade de produção de clínquer passará de 2 mil t/dia para 6,5 mil t/dia. E a capacidade de moagem atual de 180 t por hora, alcançará 450 t/hora. A finalização das obras é prevista para meados de 2015.

Meio ambiente e relacionamento com a comunidade

Desde 2000 a Holcim e o Instituto Holcim realizam em Pedro Leopoldo o projeto Educando Verde que busca conscientizar alunos e professores sobre diversos temas relacionados ao meio ambiente. Em 2013, a ação de Educação Ambiental para Educadores contou com a participação de 132 profissionais de nove escolas públicas e envolveu, indiretamente, 4.394 alunos. O intuito dessa ação é contribuir no processo de ampliação da consciência crítica sobre as questões ambientais utilizando ferramentas práticas e teóricas.

Ministrada por profissionais da área ambiental e de sustentabilidade, a capacitação é feita por meio de ferramentas e informações teóricas e práticas como oficinas, palestras, dinâmicas, atividades em grupo e debates, com orientação metodológica para que os conhecimentos adquiridos sejam repassados aos alunos em sala de aula.

Um ponto alto do projeto em 2013 foi a realização de atividades de Horta Pet e a exposição de Arte Reciclagem, com os produtos confeccionados pelos participantes.

Dentro do projeto Educando Verde também são realizadas visitas de alunos da rede pública de ensino de Pedro Leopoldo ao Viveiro de Mudas da empresa, principalmente nas datas comemorativas relacionadas ao meio ambiente – Dia da Água (22/03), Dia da Terra (22/04), Dia Mundial do Meio Ambiente (05/06) e Dia da Árvore / (21/09). Desde a sua abertura em 2001, cerca de 13.000 pessoas já visitaram o viveiro. A iniciativa é resultado de uma parceria com a Prefeitura de Pedro Leopoldo, por meio das Secretarias de Meio Ambiente e Educação.

A produção de cimento, de concreto e de agregados é fundamental para o desenvolvimento do País. Para manter uma relação harmoniosa, com menor impacto ambiental, a Holcim adota medidas de controle e conta com diversas iniciativas na busca contínua da melhoria de seu desempenho no setor.

Dentre esses projetos, destacam-se: a Associação do Grupo Holcim ao Conselho Mundial Empresarial para Desenvolvimento Sustentável (World Business Council for Sustainable Development – WBCSD); e a participação como co-fundadora da Indústria Cimenteira para Desenvolvimento Sustentável (Cement Sustainability Iniciative – CSI). Tais grupos promovem o desenvolvimento sustentável por meio da troca de conhecimento, experiências e melhores práticas, demonstrando o compromisso do setor empresarial na busca de um futuro sustentável.

A Holcim Brasil participa ainda do: Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS); o Conselho de Empresários para o Meio Ambiente (CEMA), da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais); o Comitê de Mudanças Climáticas da ABCP/SNIC (Associação Brasileira de Cimento Portland / Sindicato Nacional da Indústria de Cimento); e a participação em comitês de bacias hidrográficas.

Para compensação ambiental, a empresa conta com duas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), categoria de Unidade de Conservação particular criada em área privada, por ato voluntário do proprietário, em caráter perpétuo, instituída pelo poder público, totalizando 54 ha.

A Holcim foi a primeira cimenteira da América Latina a obter a certificação ISO 14001, em 2000 e atualmente atesta o Sistema de Gestão Ambiental de todas as fábricas de cimento e também das unidades da Resotec em Pedro Leopoldo (MG) e Cantagalo (RJ).