O Grupo Weir concluiu um estudo abrangente que destaca oportunidades significativas para reduzir o uso de energia e as emissões na etapa de fragmentação da indústria mineral, aproveitando três combinações alternativas de tecnologia.

O estudo, apresentado por Paula Cousins, Diretora de Estratégia e Sustentabilidade da Weir, durante um painel de discussão da COP28 organizado pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria do Japão e moderado pelo Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD), mostrou que as novas soluções inovadoras podem reduzir o consumo de energia em 40%, ao mesmo tempo que evita 50% das emissões de CO2.

O estudo da Weir concentra-se na cominuição, que é a etapa que mais consome energia no processo típico de uma mina. Se já está eletrificada, é ainda responsável por pelo menos um terço do consumo médio de energia e das emissões de CO2 de uma mina média.

O estudo é o primeiro a usar a Orientação sobre Emissões Evitadas do WBCSD para estudar processos de mineração e os resultados de emissões evitadas foram auditadas  de forma independente pela SLR Consulting Limited, afirma Weir. Três das combinações de tecnologia foram avaliadas em relação a um projeto de circuito de cominuição convencional para uma mina arquetípica que processa 15 Mt/ano de minério de cobre no Chile. Todas as três combinações de tecnologia apresentam benefícios consideráveis ​​em comparação ao circuito tradicional.

Na combinação ideal, o processo de trituração consome cerca de 40% menos energia e pode evitar até 50% das emissões de CO2.  O processo redefinido também utiliza menos água, de acordo com o estudo.

Cada circuito é baseado no conceito de reduzir a rocha diretamente da mina a um tamanho que permita a recuperação do mineral. As quatro configurações são:

  • Circuito de cominuição convencional baseado em moinho de moagem semi-autógeno (SAG) e moinho de bolas (circuito SABC);
  • Rolo de moagem de alta pressão Weir (HPGR) em substituição ao moinho SAG na fase inicial de moagem (2C HPGR BM);
  • HPGR, mais moinho agitado vertical (VSM) em substituição ao moinho de bolas (2C HPGR VSM); 
  • Adição de uma unidade de flotação de partículas grossas (CPF) (2C HPGR VSM e CPF).

As avaliações foram feitas utilizando uma abordagem temporal “ano após ano”. Os impactos comparativos foram avaliados apenas em termos de utilização de energia, consumo de meios de moagem e emissões associadas, uma vez que outras compensações ambientais foram consideradas inexpressivas para efeito de  comparação

Dada a sua intensidade energética, as oportunidades de descarbonização na cominuição são enormes, e o processo básico de cominuição não mudou significativamente durante muitas décadas, diz Weir.

A empresa está colaborando com clientes e outros parceiros para redefinir o processo, desenvolvendo colaborações tecnológicas e combinações inovadoras de tecnologias comprovadas para atingir melhorias significativas na eficiência produtiva e no desempenho ambiental.