Empresa, que investe fortemente em estratégia de manutenção industrial a nível mundial, mantém controle rígido para obter disponibilidade, alto rendimento e prolongar a vida útil das máquinas e equipamentos

A Holcim investe anualmente em sua unidade de Barroso de forma a manter o seu parque fabril operando e atualizado com tecnologias de ponta. A equipe de manutenção da fábrica é composta por gerente de manutenção, setor de planejamento, preventiva e preditiva, manutenção mecânica, manutenção eletroeletrônica e automação, manutenção civil e engenheiro trainee.

As atividades de manutenção da unidade seguem a estratégia da companhia que assegura uma boa performence dos equipamentos garantindo os objetivos de segurança e saúde do trabalhador, qualidade, meio ambiente, produtividade e custos.

Mensalmente, a empresa realiza benchmarking entre suas plantas, sendo as melhores práticas difundidas para serem imlementadas e com isto garantir a melhoria contínua da manutenção em suas unidades.

“A manutenção não é considerada com um custo, e sim como uma função que agrega valor ao processo produtivo. Com ela, podemos prolongar a vida útil e o bom funcionamento das máquinas, equipamentos, ferramentas e estruturas, mantendo os níveis produtivos exigidos”, afirmou o engenheiro elétrico Geraldo Cosme Pinto, gerente de manutenção da Holcim Barroso, que possui mais de 35 anos de experiência (entrou na empresa como estagiário em 1976, na época da Grupo de Cimento Paraíso).

Cosme destaca que os serviços críticos são relacionados às grandes paradas para a manutenção do forno e dos moinhos, que acontecem, em média, uma e duas vezes por ano, respectivamente. No caso da grande parada do forno, as atividades críticas geralmente referem-se a manunteçao dos refratários, que em média são trocados cerca de 50% dos 80 metros instalados.

“Nas grandes paradas do forno e dos principais moinhos de cimento toda a unidade é envolvida, seguimos um planejamento muito bem detalhado que inicia com uma reunião de definições dos objetivos seis meses antes da data planejada. Durante este período são realizadas reuniões mensais (nos dois primeiros meses), quinzenais (terceiro e quarto mês) e semanais (quinto e sexto mês) com a presença dos gerentes, supervisores, coordenadores e nos dois últimos meses com a presença dos gestores das empresas parceiras que estarão envolvidas na grande parada. A parada pode durar de 15 a 20 dias”, ressalta o engenheiro.

Serviços críticos estão relacionados às paradas dos fornos e dos moinhos

Em 2014, o MTBF (Mean Time Between Failures – tempo médio entre falhas) médias dos moinhos tubulares foi de 284 horas, sendo melhor índice das unidades avaliadas dentro da América Latina (o patamar mínimo é de 225 MTBF). No mesmo período, o forno da unidade atingiu MTBF de 407 horas, ficando abaixo da meta de 500 horas estabelecida pela Holcim. A disponibilidade líquida do forno e das moagens ficou acima do patamar mínimo exigido de 90%.

Além do cuidadoso acompanhamento das operações dos fornos e moinhos, semanalmente são realizadas inspeções nos demais equipamentos como: britadores, ensacadeiras, paletizadoras, motores, transformadores, compressores, transportadores, filtros, peneiras etc.

A companhia utiliza o software SAP para a gestão da manutenção. O programa fornece dados importantes para análises, planejamento e programação das atividades, características dos equipamentos, horas trabalhadas e histórico em geral.

Capacitação para a planta nova

Para operar e gerir a manutenção dos novos equipamentos, a empresa está realizando treinamentos específicos com os seus colaboradores. Liderados pelo gerente de comissionamento, engenheiro Ricardo Barbosa, foi formado um grupo de multiplicadores com seis funcionários de manutenção mecânica, três de manutenção elétrica, um de instrumentação, um de automação e dois de preditiva, com o objetivo de aprendizado com os fabricantes dos equipamentos no sentido de multiplicar os conhecimentos adiquiridos com os demais funcinários da área de manutenção.

“Em paralelo, estão acontecendo cursos de capacitação com o apoio da equipe técnica da matriz (Suíça ) e experiências práticas nas unidades do México, Equador, Costa Rica e Autrália”, afirma Geraldo Cosme.

Manutenção das carretas silo

Na Holcim, as carretas silo, que transportam o cimento a granel, são agregadas, ou seja, o cavalo mecânico é do transportador contratado e a carreta silo pertence à companhia. Os pneus do veículo são do transportador, assim como a manutenção dos mesmos. Já a manutenção da carreta silo é de responsabilidade da cimenteira.

“O controle que efetuamos sobre os pneus é em relação ao estado de conservação e espessura dos sulcos. As inspeções e medições são realizadas pelos mecânicos da Holcim, mensalmente”, ressalta Ramon Silva, coordenador de manutenção de frota da Holcim.

A manutenção das carretas silo segue o modelo realizado na planta, sendo dividida em preditiva, preventiva e corretiva. A preditiva é feita anualmente por empresa terceirizada, onde é feita a medição de espessura de chaparia, inspeção por END (Ensaio Não Destrutivo) nas soldas do silo, calibração de válvula e manômetros e cálculo da PMTA (Pressão Máxima de Trabalho Admissível).

A preventiva envolve o check list do condutor, realizado diariamente pelo motorista da caminhao;, o check list mensal é de responsabilidade do mecânico da Logística de Transporte, e a revisão de 180 dias feita por oficina terceirizada contratada, que também faz manutenção corretiva, após a ocorrência de uma falha.

“O processo de contratação de oficina terceirizada é feito pela área de suprimentos da Holcim, com liberação técnica do setor de manutenção da logística de transporte”, explica Silva. Segundo ele, os sistemas de freios, as lâminas de molas e componentes elétricos são os itens mais trocados nos veículos graneleiros.

Em 2014, a disponibilidade das carretas silo foi de 84% e a meta da empresa é atingir 90% este ano. O investimento com manutenção desses componentes é de cerca de R$ 2,78 milhões. Além das equipes das terceirizadas, a Holcim possui para esses serviços oito funcionários da área de manutenção logística, sendo 4 lavadores/lubrificadores (1 em Barroso, 1 no Terminal do Rio de Janeiro, 1 no Terminal de Ribeirão Preto e 1 no Terminal de Santo André), 2 mecânicos (sendo 1 responsável pelas carretas silo em Barroso (MG), em Cantagalo (RJ) e em Pedro Leopoldo (MG) e 1 responsável pelas carretas silo do Terminal do Rio de Janeiro, do Terminal de Ribeirão Preto, do Terminal de Santo André e da fábrica de Sorocaba), 1 assistente de manutenção e 1 coordenador de manutenção responsável pelas carretas silo de todas as unidades.