A Gerdau começa a utilizar o primeiro caminhão movido a gás na mineração do país, da marca Scania. O modelo vai trabalhar nas operações da produtora de aço na mina Várzea do Lopes, localizada em Itabirito (MG). Quem vai operar o caminhão será a Fagundes Construção e Mineração, com suporte da Casa Scania WLM Itaipu.

O primeiro caminhão movido a gás da história da mineração brasileira, um modelo G 410 6×4, foi entregue no último dia 15 pela concessionária WLM Itaipu. O início da demonstração começou nesta sexta (18/12). Todos os motoristas da Fagundes passarão por uma capacitação específica para operação do equipamento, que vai transportar minério de ferro e estéril.

A Gerdau tem trabalhado, em parceria com sua cadeia de fornecimento, na construção de um futuro mais sustentável, a partir do desenvolvimento de produtos e soluções inovadoras. “Há cerca de 120 anos, trabalhamos para conectar pessoas que constroem um futuro mais colaborativo e sustentável. A parceria com a Scania, com a solução do caminhão a gás natural, é um exemplo de uma ação virtuosa. Além das questões econômicas e ambientais, prezamos pela estruturação de uma cadeia local de produção e abastecimento, que resulte em desenvolvimento social e econômico sustentável”, explica Vinicius Fernandes de Moura, gerente-geral de Suprimentos da Gerdau. 

A Scania avalia que a necessidade de redução de consumo e de emissão de CO2 impulsiona a linha a gás natural veicular (GNV), gás natural liquefeito (GNL) e/ou biometano. 

O caminhão a gás iniciou suas vendas em outubro de 2019. A partir de maio de 2020 começaram as entregas. Desde então, a Scania já vendeu mais de 60 unidades para diferentes indústrias, desde cosméticos a alimentos. 

O G 410 6×4 utiliza uma caçamba de 16 metros cúbicos para transferir o minério de ferro e estéril franco para a Gerdau na Mina Várzea do Lopes.

O abastecimento do gás natural veicular (GNV), de responsabilidade da Logás, será dentro da própria operação numa estação compacta que está sendo construída pela produtora de aço de acordo com as normas legais e de segurança para o armazenamento, consumo e utilização do gás.

O tempo de duração do abastecimento é curto, cerca de 15 minutos, o que não compromete a disponibilidade do caminhão no trabalho diário que é intenso, já que ele vai rodar 24 horas por dia, sete dias por semana. A expectativa é que haja uma autonomia de 10 metros cúbicos/hora, que nessa operação significa entre 250 e 300 km.

“Vamos acompanhar cada detalhe desta pioneira ação com todo o apoio da Casa Scania WLM Itaipu. Queremos oferecer ganhos importantes para o meio ambiente e o menor custo operacional ao cliente. O modelo vai utilizar o Programa de Manutenção Scania Premium Flexível, o mais completo da marca no país e adaptado às características da operação de mineração, que são diferentes do modal rodoviário. A Gerdau e a Fagundes também vão acompanhar o desempenho pelos dados obtidos pela conectividade, e aplicar melhorias onde seja necessário”, explica Fabrício Vieira, gerente de Vendas de Soluções para Mineração da Scania no Brasil.