Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) incrementa competitividadeda AngloGold Ashanti e reduz o consumo de energia oriunda da queima de combustíveis fósseis

Responsável por prover 25% de toda a energia consumida por suas unidades em Minas Gerais, a AngloGold Ashanti mantém um rígido controle do Sistema Hidrelétrico Rio de Peixe (SHRP), formado por sete Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e localizado em Nova Lima (MG). Atualmente, a companhia se prepara para implantar a norma internacional 50001 – Sistema de Gestão da Energia, que tem como objetivo aumentar a eficiência operacional e reduzir os custos com energia elétrica.

A projeção da mineradora é diminuir 5% dos gastos com o insumo para os próximos cinco anos, em um meio a um cenário de aumento dos preços de energia e insegurança no abastecimento.

A capacidade média de produção do SHRP é de 63 mil megawatts/hora por ano, produção capaz de atender à demanda de uma cidade com 60 mil habitantes. Outros 30%, que corresponde a 73 mil megawatts/hora, são obtidos com a participação na usina hidrelétrica de Igarapava, localizada no Rio Grande, a 400 km de Belo Horizonte. Neste complexo, a empresa divide o controle e a operação com a Vale, Votorantim Metais, CSN e Cemig. O restante da energia consumida pelas unidades mineiras da empresa é adquirido no mercado.

De acordo com informações da companhia, cerca de 90% da energia utilizada para manter as atividades da planta metalúrgica de Queiroz, em Nova Lima, provém das usinas de Rio de Peixe. A fábrica faz o processamento e beneficiamento de todo material proveniente das minas de ouro Cuiabá, Lamego e Córrego do Sítio, as duas primeiras localizadas em Sabará (MG), e a última em Santa Bárbara (MG).

Neste cenário, os custos da empresa no País com energia elétrica são cerca de 35% menores. Além disso, o uso e geração de energia limpa reduz a compra de energia proveniente de fontes fósseis, como das termelétricas, e contribui para a sustentabilidade do negócio. O sistema Rio de Peixe gera ainda 40 postos de trabalho.

As represas artificiais Lagoa dos Ingleses, Lagoa da Codorna e Lagoa do Miguelão, que compõem o Sistema Hidrelétrico de Rio de Peixe, são abastecidas essencialmente pelas águas das chuvas. O parque hidrelétrico foi criado no fim do século XIX pela Saint John Del Rey Mining Company, que posteriormente foi adquirida pela AngloGold Ashanti. É composto pelas PCHs: Codorna, G, B, F, D, E e E-Nova, e tem duas linhas de transmissão, com cerca de 20 km cada, e uma subestação.

AngloGold Ashanti produz 25% da energia que consome em suas operações

As manutenções preventivas e preditivas são realizadas conforme cronograma pré-estabelecido de ordens de trabalho sistemáticas. A cada cinco anos ocorre uma reforma geral das e as manutenções corretivas são feitas por pessoal próprio ou contratados, de acordo com a demanda.

A empresa mantém contratos de serviços, nas áreas de elétrica e mecânica, com a Barbosa e Andrade Engenharia, COPI (Controle de Processos Industriais), VICAF Hidro, Data engenharia e DAM Engenharia.

As atividades das manutenções preditivas contemplam análise de óleo isolante, termografia, análise de vibração, medição de espessura, aferição de relés, etc. Os principais equipamentos são turbinas hidráulicas tipo Francis e Pelton, geradores elétricos, transformadores de potência, painéis elétricos, linhas elétricas aéreas, tubulações, válvulas, disjuntores e sistema de proteção.

Em outubro de 2014 a pedido da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a mineradora aumentou, durante sete dias, a vazão de água proveniente do Sistema Hidrelétrico Rio de Peixe para mais 500 litros por segundo. Isso ocorreu devido ao período de estiagem e da necessidade de abastecimento de água da região metropolitana de Belo Horizonte. Atualmente, algumas usinas estão operando com restrições, em razão do baixo nível de água das lagoas que compõem o sistema, ocasionado por um longo período de estiagem, iniciado já no primeiro semestre de 2013.

Além das unidades de Minas Gerais, a AngloGold Ashanti opera a Unidade de Negócio Serra Grande, localizada em Crixás. Formada por três minas subterrâneas e uma a céu aberto, além da planta de tratamento de minério, o complexo é abastecido por energia de mercado.