A Águia Fertilizantes S.A. informou, em seu site, que está na expectativa de obter em breve a Licença de Instalação para o Projeto Fosfato Três Estradas, no Rio Grande Sul. O empreendimento tem produção estimada de 300 mil t de fosfato natural por ano, e as jazidas têm tempo de vida útil calculado em 18 anos.
“Nosso produto, o Pampafos, está em fase de desenvolvimento experimental. Estamos na expectativa de recebimento da Licença de Instalação (LI) para iniciarmos a implantação do projeto”, disse a empresa, em comunicado no site.
O aval para investimento seria especialmente bem-vindo num momento em que o mercado global enfrenta crise de oferta, em função do conflito entre Ucrânia e Rússia, grande fornecedor mundial.
A jornada pela implantação do projeto é longa: começou em 2011, quando a Águia iniciou os trabalhos de pesquisa. O resultado dessa prospecção foi um depósito mineral com recursos geológicos de 104 milhões de toneladas de minério, com teor médio de 4% P2O5, localizado na região de Três Estradas, 2º distrito do município de Lavras do Sul.
A licença prévia foi obtida apenas em 2019 e a empresa se mostra otimista com a licença de instalação após a inclusão do projeto na Política de Apoio ao Licenciamento Ambiental, lançada em 2021 pelo Ministério das Minas e Energia.
Fosfato natural
No Projeto Fosfato Três Estradas, a Aguia produzirá um “Fosfato Natural”–produto com aplicação direta na agricultura e sem que tenha adição de compostos químicos, sem precisar passar pela rota de processo químico.
De acordo com a Águia, o uso de fertilizantes naturais, da sigla em inglês DANF – “Direct Application Natural Fertilizer”, na qual pode se incluir o “Fosfato Natural”, têm apresentado uma demanda crescente no país como um todo. As fontes naturais, além de fornecer nutrientes para o desenvolvimento das plantas, tem como atrativo adicional os ganhos ambientais na cadeia produtiva e o incremento na qualidade das culturas.
O “Fosfato Natural” será totalmente produzido em Lavras do Sul e destinado ao mercado regional.
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