Grupo de trabalho desenvolveu aplicativo que analisa dados coletados por PIMS, direcionando tarefas de manutenção e aumentando confiabilidade dos ativos
Com o objetivo de criar um método capaz de gerar indicadores de inspeção preditiva dos ativos de instrumentação, profissionais da Vale apresentaram o trabalho “Saúde de ativos e manutenção por condição na instrumentação de usinas de tratamento de minério de ferro”. O projeto, que foi contemplado pelo 18° Prêmio de Excelência da Indústria Minero-metalúrgica Brasileira da revista Minérios & Minerales, se baseou na utilização de dados colhidos de recursos existentes (PIMS – Plant Information Management System) através de técnicas estatísticas.
O estudo foi feito por Juliene Oliveira, supervisora de Automação; Luis Ragonesi, gerente de manutenção elétrica; Paulo Carvalho, supervisor de manutenção elétrica de usina; Siderlei Santos, engenheiro de automação; Vicente Reis, analista de automação; e Vicentino Rodrigues, gerente de automação. Todos funcionários do Departamento de Ferrosos Sudeste da Vale (DIFS).
Segundo os autores, os indicadores do PIMS são capazes de destacar os ativos prioritários e informar para as áreas os instrumentos que necessitam de intervenções, evitando parada de ativos críticos em corretivas. O conceito de ativo crítico para o projeto é de um instrumento cuja falha paralisa a produção.
As usinas de beneficiamento de minério de ferro da diretoria de ferrosos sudeste da Vale em Minas Gerais, possuem histórico de grande dependência de instrumentação e automação para controle de seus processos e gerenciamento de informações de produção.
A tecnologia dos controladores lógicos programáveis foi adotada pela indústria da mineração em nosso estado a partir da década de 80 e este evento criou um mercado florescente de empresas de engenharia, integradoras de sistemas e fabricantes de equipamentos voltados para a mineração, fazendo da cidade de Belo Horizonte um polo importante da indústria da automação no Brasil
O trabalho de saúde de ativos nasceu em decorrência de uma necessidade da manutenção de elétrica e instrumentação proporcionar a maior confiabilidade possível aos ativos de automação que monitoram os equipamentos de criticidade 1 das usinas. Apesar da manutenção dispor de planos de inspeção e preventivas, a natureza das falhas de instrumentos nem sempre pode ser detectada a olho nu. Os modos de falha muitas vezes representam uma degradação do sinal, congelamento de sinal, e/ou funcionamento intermitente.
O PIMS (Plan Information Management System) apresenta-se como uma solução direta para o problema de falta de acessibilidade às informações e ao conhecimento efetivo do processo industrial. Este sistema é caracterizado pela capacidade de coletar e centralizar dados de diferentes unidades da planta em uma base única, armazenando-os por vários anos e disponibilizando-os a diferentes níveis de usuários sob forma de aplicações de alto valor para monitoramento e análise do processo de produção.
Foi criado um aplicativo que calcula as estatísticas (média ponderada no tempo e desvio padrão), o tempo de perda de comunicação, o tempo de congelamento, o tempo com perturbação, o tempo em saturação máxima e o tempo em saturação mínima relativo aos dados colhidos e filtrados do PIMS– e grava em uma tabela do banco de dados MS-SQL server. De posse destes dados armazenados no banco, são gerados diversos relatórios que auxiliam os inspetores na análise e diagnóstico dos instrumentos por período, área, processo ou tipo de instrumento (nível, vazão, etc.)
Através do aplicativo criado percebeu-se antecipadamente, de maneira descentralizada e sem que o inspetor de manutenção tenha que sair a campo, verificando instrumento por instrumento, se existem medições que estão congeladas, com ruído (variações bruscas nas medições dos instrumentos em curtos períodos de tempo), trabalhando sob saturação de fundo de escala ou que tenham perdido a comunicação com o sistema de armazenamento de dados (PIMS). Esta metodologia ajuda a reduzir o tempo de paradas corretivas por motivo de problemas com as medições da instrumentação.
O sistema foi otimizado e padronizado pela gerência de Automação, Telecom, Energia e Combustíveis em toda a Diretoria de Ferrosos Sudeste com o nome Manutenção Condicional Instrumentação – Proativa.
Conheça os autores do projeto
Juliene Oliveira – Supervisora de Automação da Vale
Luis Ragonesi – Gerente de manutenção elétrica da Vale
Paulo Carvalho – Supervisor de manutenção elétrica de usina da Vale
Siderlei Santos – Engenheiro de automação da Vale
Vicente Reis – Analista de automação da Vale
Vicentino Rodrigues – Gerente de automação da Vale
Leia na íntegra o trabalho “Saúde de ativos e manutenção por condição na instrumentação de usinas de tratamento de minério de ferro”.
Leia na íntegra o trabalho “Saúde de ativos e manutenção por condição na instrumentação de usinas de tratamento de minério de ferro”.
Fonte: Revista Minérios & Minerales
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