As empresas apoiadas pela Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil) elevaram em 18,74% o valor de suas exportações durante este ano e, com isso, registraram um crescimento de suas vendas maior do que o da média das exportadoras não-apoiadas pela agência. A informações consta do balanço das atividades da ApexBrasil apresentado hoje (16) pelo presidente do órgão, Alessandro Teixeira, durante evento realizado em São Paulo.
De acordo com Teixeira, até outubro, as quase 5,5 mil empresas apoiadas pela agência de fomento, de 67 segmentos da economia, exportaram US$ 19,3 bilhões, contra US$ 16,3 bilhões no mesmo período de 2007. Ao mesmo tempo, empresas do mesmos setores não-apoiadas pelas ApexBrasil aumentaram de US$ 25,1 bilhões para R$ 27,3 bilhões suas exportações – crescimento de 8,62%.
“Aquelas empresas que fazem parte dos projetos da Apex têm uma eficiência duas vezes maior do que as empresas que não são apoiadas pela agência”, disse Teixeira, ressaltando que os resultados da ApexBrasil e de outras empresas não-apoiadas não levam em consideração o valor das exportações de commodities e minérios.
Com o crescimento, empresas apoiadas pela agência aumentaram de 8% para 12% a sua representação no total das exportações do país, as quais só nos últimos 12 meses acumulam US$ 160 bilhões.
Para Teixeira, os resultados são excelentes. Dos 23 países considerados mercados prioritários pela Apex Brasil, só em oito o valor das exportações caiu de 2007 para 2008. Entre eles, China, México, Canadá e Estado Unidos. “Isso é dado, primeiro, pela dificuldade de entrar nestes mercados e, segundo, pela diversificação de nossos mercados”, justificou.
Teixeira afirmou, entretanto, que os resultados do ano que vem não devem ser tão bons quanto os deste ano.
De acordo com ele, a ApexBrasil terá um orçamento de R$ 450 milhões em 2009 – R$ 130 milhões a mais que em 2008 – e, com isso, aumentará suas ações.
Mesmo assim, o cenário de desaceleração da economia mundial deve reduzir à metade o crescimento das exportações das apoiadas pela agência na comparação com este ano.
Nas previsões do presidente da ApexBrasil, o comércio exterior mundial crescerá 3,5% em 2009, impulsionado pelo crescimento de emergentes. Teixeira disse, contudo, que a exportações das apoiadas empresas pela ApexBrasil crescerá, no mínimo, 7% no mesmo período.
A crise, segundo ele, não mudará estratégias da agência. Teixeira disse que haverá um aprofundamento das estratégias para que o Brasil aumente, principalmente, a exportação de produtos com maior valor agregado, além de serviços. “A Apex e o governo brasileiro como um todo têm que trabalhar mais fortemente a área de serviços”, afirmou. “Estou tranqüilo porque os número do ano que vem tendem, não em termos de volume de exportação, mas em termos de qualidade e eficiência, a ser melhores do que os de 2008.”