Unidade de agregados de Seropédica (RJ) será a sétima do grupo Ebam

Empresa de agregados objetiva ampliar sua participação no mercado de construção civil e infraestrutura do estado fluminense

Guilherme Arruda

Com o objetivo de se consolidar no mercado do Rio de Janeiro, a Empresa Brasileira de Agregados Minerais (Ebam) iniciou as atividades da sua sétima unidade, localizada em Seropédica (RJ). O empreendimento, que recebeu aportes de R$ 25 milhões e possui tecnologias modernas, tem capacidade produtiva de 120 mil t por mês e contempla a exploração e processamento de gnaisse para a fabricação de brita, areia e massa asfáltica.

“A Ebam pretende expandir a sua presença através de projetos de mineração de agregados, de forma a atender o mercado nacional”, ressalta Paulo André Ribeiro Lopes, diretor de Operações da empresa.

A planta da unidade foi planejada de forma a permitir no futuro um aumento da capacidade de 70%. A expansão será feita por meio da instalação de um módulo do britador primário C 140 e do HP 400, ambos fabricados pela Metso. “O restante da planta já está apto a esta mudança”, comenta Ribeiro.

A maioria dos equipamentos foi fornecida pela Metso, como o britador primário C 125, os dois britadores cônicos HP 300, o alimentador vibratório AV 5’ x 20’, as duas calhas e as duas peneiras vibratórias CBS 8’ x 24’ TD, além de um pacote de peças e materiais de reposição.

“A escolha do fabricante deveu-se ao escopo mais adequado do projeto e à possibilidade da ampliação da capacidade, sem ter que executar mudanças significativas no layout da planta e com um tempo de parada extremamente curto”, destaca o diretor. A Metso conduziu ainda um treinamento operacional com a equipe da pedreira por um período de 30 dias.

Os transportadores de correia foram adquiridos e instalados pela Remaso, a montagem mecânica ficou a cargo da Vilhena Manutenção Industrial e a parte elétrica sob os cuidados da Fusion Engenharia. As obras civis foram realizadas pela Encobras e a Harttur e Salles Engenharia foi a responsável pela gestão do projeto.

A estimativa é que até o final de agosto a capacidade plena da unidade seja atingida e, em paralelo, seja implementado um plano de participação por resultados para os funcionários da empresa.

O grupo começou as atividades em Seropédica em novembro de 2013 com a utilização de uma planta móvel. No ano seguinte, a mina recebeu um equipamento móvel reformado, proveniente da Unidade de Presidente Figueiredo, no Amazonas. Em julho do ano passado, a companhia desenvolveu o projeto de uma unidade fixa e comprou a frota móvel de lavra.

A Ebam foi criada em 2012 com a aquisição de duas unidades. Atualmente, possui sete complexos industriais e atende o setor de construção civil nos segmentos de empreiteiras, construtoras, indústria de pré-moldados, usinas de asfalto, saneamento, usinas de concreto e fábricas de argamassa.

Lavra

O depósito de gnaisse em Seropédica abrange uma jazida estimada em 30 milhões de m3, com vida útil em torno de 50 anos. A lavra segue o método de bancadas (de15 m), tendo o desmonte de rochas feito por explosivos. Para esta atividade, a pedreira conta com os serviços da Britanite, que fornece o material e realiza as operações de fogo, utilizando materiais granulados, encartuchados e bombeados, acionados por espoleta eletrônica. “Atualmente, o nosso principal desafio refere-se à conformação das bancadas da mina”, afirma Ribeiro.

A malha possui 2×4 m e os furos para o desmonte são de 3 polegadas, feitos por perfuratrizes PW 5000, pertencentes à pedreira. Após esta etapa, duas escavadeiras realizam o trabalho de movimentação e carregamento do minério em 4 caminhões Volkswagen de 25 t. As rochas então seguem para a unidade de britagem primária, totalmente automatizada. “Estamos introduzindo o controle por PLC (Programmable LogicControl), modelo Allen Bradley CompactLogix 1769AB da Rockwell Automation, para o sistema de britagem, que proporciona um gerenciamento mais apurado e consequentemente menos problemas de manutenção”, completa o diretor.

Empreendimento, que recebeu aportes de R$ 25 milhões, tem capacidade produtiva de 120 mil t de agregados por mês

Suprimentos e manutenção

As compras de insumos e materiais para as unidades da Ebam são realizadas de acordo com os níveis de estoque dos almoxarifados de cada unidade. No entanto, existem também contratos corporativos. Para o controle dos produtos armazenados, assim como para gestão e execução dos planos de manutenção, a empresa utiliza o sistema de ERP (Enterprise Resource Planning) da Delphi.

Para algumas áreas, os produtos são testados e pré-aprovados antes da aquisição e inserção no cadastro de fornecedores. Atualmente, a pedreira possui contratos firmados na área de fundidos, material de extensão, combustíveis, lubrificantes e explosivos.

“A manutenção é feita por mão de obra própria e recebe também o apoio do dealer para determinadas revisões”, ressalta Ribeiro.

Em relação às ações de redução de custos, Ribeiro afirma que a empresa atua através da gestão da rotina e verificação mês a mês dos relatórios de custo e desempenho, conciliando com a análise do orçamento mensal e anual da companhia.