As mineradoras e siderúrgicas já cortaram pelo menos 25 mil postos de trabalho em todo o mundo, em decorrência da retração econômica que levou à forte queda da demanda por metais. No Brasil, não há muitos dados oficiais, já que quase nenhuma empresa divulgou números exatos de dispensas, mas estimativas apontam para mais de 3 mil demitidos, enquanto outros 5,5 mil estão em férias coletivas.

Em Minas Gerais, estado com grande atuação no setor mineral e siderúrgico, dirigentes da Federação Democrática dos Metalúrgicos confirmaram ontem as 2,5 mil demissões das usinas de ferro-gusa e acrescentaram mais mil trabalhadores por parte de empresas fornecedoras da Companhia Vale do Rio Doce (Vale) e de indústrias de autopeças, consumidoras de aço.

Outro setor consumidor de aço que tem realizado demissões é o de eletroeletrônicos. No pólo industrial da Zona Franca de Manaus, as dispensas subiram 125% entre os meses de outubro e novembro deste ano, ante igual período do ano passado, para 3.313 pessoas.