Empresa já estuda uma nova pedreira até 2014

Por Vinícius Costa

Fundada em 1954, quando Pelerson Penido fez a aquisição da Pedreira Itaguassú, em Aparecida (SP), para suprir a demanda de brita nas obras da região, o Grupo Serveng inaugurou oficialmente no dia 28 de maio a mina São Bento, sua nova unidade no Estado de São Paulo. A empresa, até o momento, possuía seis operações na área da mineração no País, sendo elas as unidades de Aparecida, Barueri (SP), Jambeiro (SP), São Luis, em Rosário (MA), e as usinas de asfalto de Brasília (DF) e Caraguatatuba (SP), que fornecem materiais usinados de asfalto, e concreto e areia, conta agora com a unidade em Mogi das Cruzes (SP) para abastecer as obras de infraestrutura do Estado e região.

Na inauguração estavam presentes José Fernando Bruno, subsecretário de mineração do estado de São Paulo, Eduardo Machado, coordenador do Comitê de Cadeia Produtiva da Mineração (Comin), Tadeu Penido, presidente da Serveng e o abade do mosteiro de São Bento, Don Mathias Tolentino Braga, que concedeu a benção à mina na solenidade.

Com 170,25 ha de área total e 27 funcionários, a perfuração primária na mina para desmonte com explosivos é realizada com perfuratrizes pneumáticas sobre esteira PW 5000 da Wolf. Já a lavra utiliza escavadeiras CAT 336 e CAT 320 para carregar caminhões rodoviários Mercedes-Benz 2638, em trajeto de 350 m, com capacidade mensal de aproximadamente 100.000 t de gnaisse. Ao todo foram investidos R$ 18,5 milhões no complexo industrial, sendo que anualmente serão destinados em torno de R$ 60 mil em controle tecnológico e qualidade. Planeja-se ampliar as reservas da mina para além das 9.000.000 t, suficientes para cerca de 11 anos de operação na 1ª fase.

Inauguração teve presença do presidente do Grupo Serveng e bênção dada pelo abade do mosteiro de São Bento

Quanto à britagem, a Sandvik forneceu sob medida praticamente toda a instalação da planta de britagem, tendo em vista as limitações físicas e topográficas do terreno, com a entrega dos britadores, rebritadores e alimentadores em 2012 para a montagem, feita pela Serveng. O start up foi dado há cerca de dois meses. A mina São Bento tem capacidade máxima no momento para processar 620 t/hora de rocha, com suporte para matacos de até 1 m³. Na britagem terciária, a capacidade instalada é de 400 t/hora, mas a empresa trabalha atualmente a 320 t/hora, produzindo material abaixo de 22 mm.

Em relação ao transporte dos produtos gerados nos processos de britagem, que são pedra 1 e 5, pedrisco e pó de pedra, brita 2 e 3, bica corrida e rachão limpo, ele é realizado por aproximadamente 1000 m de correias, que levam o material até a área de expedição. O ciclo de pedido é automatizado, no qual o motorista do caminhão utiliza um cartão magnético no controle da correia transportadora, que identifica o produto a ser carregado: caso o material não esteja disponível naquela correia, a carga não é realizada e o motorista é direcionado para outro local. Quanto ao transporte do produto até os clientes, esse será realizado em 40 % por transporte próprio e 60 % por empresas terceirizadas.

Na operação, há por volta de 1 km de correias transportadoras

Em relação ao setor minerário e às operações da Serveng, Tadeu Penido, presidente do grupo, afirma que devido ao excesso de burocracia do País, ainda há complicações para o crescimento. “A morosidade burocrática e a falta de clareza das regras ambientais atrapalham. Contudo, assim como depois de toda tempestade há a bonança, acredito que nos próximos anos esse cenário deve mudar, pois o setor privado e o poder público estão conscientes dessa necessidade”, explica.

Outro ponto abordado por ele foi em relação ao atual aquecimento do setor de construção civil, principalmente quanto às obras da Copa do Mundo e à infraestrutura rodoviária de São Paulo. “Essas são obras grandes e importantes, mas fazem parte de um conjunto muito maior, que falando em termos federais, se trata do conjunto do PAC. Com certeza depois da copa o Brasil continuará crescendo e a expectativa para o setor de agregados é positiva, pois as atuais obras vão melhorar a capacidade de movimentação urbana, e isso trará valorização das áreas citadinas, o que cria a necessidade de outras construções, sendo um vetor de progresso”, finaliza.

Nova mina da Serveng utiliza ciclo de pedidos automatizado

A expectativa da empresa é realmente positiva quanto a isso, visto que a empresa já fez a aquisição de um sistema de britadores e rebritadores para aumentar a capacidade produtiva da mina de Jambeiro em 50 %, em um prazo aproximadamente três meses, e tem a meta de abrir de mais uma unidade de mineração até 2014.