Entre os municípios de Espigão d’Oeste e Pimenta Bueno, em Rondônia, a região conhecida como “serra do calcário” apresenta o mais significativo sistema de cavernas atualmente conhecido no Estado, com uma faixa de cerca de 1.200 m de extensão por 300 m de largura. A região também representa a principal reserva explotável de calcário dolomítico de Rondônia, com mais de 260 milhões t estimadas, aptas à produção de corretivo da acidez do solo.
A reserva foi descoberta pela CPRM em 1977 e nos últimos cinco anos voltou a ser explorada pela Companhia de Mineração de Rondônia (CRM), que está ampliando a capacidade de operação da mina. Para reconhecer a natureza espeleológica associada às rochas carbonáticas da região, a CPRM realizou um levantamento integrado dos ambientes superficial e subterrâneo local sob enfoque geossistêmico, que visa compreender o funcionamento do ambiente e entender a representatividade e importância do local. Além disso, a abordagem espeleológica visa caracterizar os elementos do patrimônio natural e cultural brasileiro para subsidiar a mediação de possíveis conflitos, buscando um melhor aproveitamento dos bens minerais disponíveis ao desenvolvimento socioeconômico do país.
O reconhecimento do geossistema cárstico de Espigão d’Oeste está no escopo do Projeto Rochas Carbonáticas do Estado de Rondônia, desenvolvido pela Residência de Porto Velho no âmbito do DEREM (Departamento de Recursos Minerais). O trabalho está a cargo dos pesquisadores Carlos Eduardo Santos de Oliveira (GEREMI/REPO), Mylène Berbert-Born (DEGET/Sede) e Rafael Costa da Silva (DIPALE/RJ), sob a coordenação da DIMINI (Divisão de Minerais e Rochas Industriais).
Fonte: Padrão
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