Diminuir a distância média de transporte, substituições de equipamentos pequenos por grandes e redução dos contratos foramalgumas das ações da CSN que permitiram ganho operacional na mina Casa de Pedra

Diante de um ciclo de baixa da indústria de mineração, profissionais da Mineração Casa de Pedra, pertencente à CSN e localizada em Congonhas (MG), apresentaram o trabalho “Evolução dos custos: mina Casa de Pedra”. De autoria de Guilherme Afonso Coutinho, WSchmidt Felsch Junior, Leandro Zanini, Alexandro Afonso Pinto e Eder Costa, o projeto possibilitou a redução de 31,9% dos custos operacionais da unidade.

As ações se basearam principalmente na diminuição da distância média de transporte (DMT), substituição de equipamentos de pequeno porte por grande porte, redução de contratos, otimização de sistema de abastecimento de diesel, organização das operações e melhorias de logística interna e controle de qualidade.

No início de 2015 a equipe de planejamento da mina iniciou os estudos para reduzir os custos de operação, e adequar-se ao cenário de retração de preços do minério de ferro e tendências do mercado transoceânico. Para suportar os estudos, identificar as melhores alternativas e estimar os potenciais de redução de custo, foi organizado um banco de dados com informações mensais históricas dos custos realizados e de alguns indicadores com correlação com os custos.

Em março de 2015 a mineradora chegou a um total de 47 propostas de estudos. Para priorizar corretamente os recursos e esforços foi elaborado uma matriz de complexidade versus impacto. Um dos custos expressivos de mina é o custo de transporte. A produtividade da frota de transporte e o seu custo são fortemente impactados pela DMT– quanto menor a distância de transporte, maior a produtividade e menor o custo. Este comumente é expresso pela relação “R$ / (t x km)”. Com esta formula obtém-se o gasto com transporte em função da distância e da massa.

O planejamento verificou as oportunidades de melhorias nos principais traçados de acessos da mina, geometrias de pilhas de estéril e propôs algumas alterações. A premissa foi considerar mudanças que não demandassem custos altos de implantação (grandes obras, cortes, aterros, etc.) e pudessem ser implantadas em pouco tempo. Para estimar o potencial de ganho e custo de cada alternativa, foram utilizados como referência os valores históricos dos custos dos equipamentos da CSN.

O plano inicial considerava a realização da lavra de algumas áreas restritas e com geometrias complexas com equipamentos de pequeno porte, contratados ou próprios. A operação com os equipamentos de grande porte tem um custo bem mais competitivo, principalmente em relação aos de pequeno porte contratados.

As geometrias de lavra foram revisadas, visando “abrir” as áreas rapidamente, viabilizando a operação com os equipamentos de grande porte onde, inicialmente, se programou lavra com os equipamentos menores. Para agilizar o início da operação mais econômica, foi negociado com a gerência de operação de mina uma flexibilização nos procedimentos operacionais (redução das dimensões mínimas de praças para operação).

Esta mudança de plano viabilizou uma redução de custo com contratos e uma relação melhor entre operação de grande porte / pequeno porte. Como resultado a companhia aumentou a produtividade e reduziu o custo das operações de transporte.

O resultado dos estudos e da implantação das diversas melhorias foi a redução dos custos de produção e logística em 31,9 %, o aumento de produtividade, um controle de qualidade mais preciso, e aumento de reservas minerais.

Conheça os autores do projeto

Guilherme Afonso Coutinho, engenheiro especialista da CSN

WSchmidt Felsch Junior, engenheiro sênior da CSN

Alexandro Afonso Pinto, gerente de Planejamento de Mina da CSN

Leandro de Carvalho Zanini, engenheiro especialista da CSN

Eder Flavio Araujo Costa, coordenador de Planejamento de Mina da CSN

Leia na íntegra o trabalho “Evolução dos custos: mina Casa de Pedra ”.

Fonte: Revista Minérios & Minerales