A mineradora australiana BHP iniciou testes com óleo vegetal hidrotratado (HVO) para equipamentos de mineração em suas operações de minério de ferro de Yandi, na Austrália Ocidental.
Segundo a empresa, o diesel renovável feito de HVO será usado em caminhões de transporte e outros equipamentos durante um período experimental de três meses. O combustível é fornecido por meio de uma parceria de colaboração com a bp, empresa de um dos maiores conglomerados de energia globais.
Segundo o presidente de ativos da BHP Western Australia Iron Ore (WAIO), Brandon Craig, cerca de 40% das emissões operacionais de gases de efeito estufa da BHP vêm do uso de combustível diesel, e este é um foco central da estratégia de descarbonização da companhia. “Em última análise, nosso objetivo é ter frotas de caminhões totalmente elétricos em nossos locais, mas combustíveis alternativos como o HVO podem nos ajudar a reduzir nossas emissões enquanto ocorre a transição para a eletrificação”.
A BHP é uma empresa multinacional em mineração sediada em Melbourne, Austrália, e com atuação em mais de 90 localidades em todo o mundo. No Brasil, detém 50% de participação na Samarco.
Samarco: empresa tenta adiar julgamento em Londres
O grupo BHP está tentando adiar um processo com potencial de gerar indenizações no valor de 36 bilhões de libras (44 bilhões de dólares) em Londres sobre o desastre da Samarco em Mariana, no Brasil. A maior mineradora do mundo em valor de mercado está sendo processada pelo rompimento da barragem de Fundão em 2015, de propriedade da Samarco, joint venture da BHP com a Vale.
Os advogados da BHP argumentaram que o julgamento em 2024 deve ser adiado para permitir que a Vale participe e para dar à BHP mais tempo para analisar um número “enorme” de documentos potencialmente relevantes.
O advogado da empresa, Alexander Hutton, argumentou nos autos do tribunal que o julgamento deve ser adiado até pelo menos junho de 2025, dizendo que avançar com o julgamento em 2024 seria “extremamente injusto” para a BHP.
Um adiamento de 14 meses no início do julgamento programado para abril de 2024 levará o processo para 2025, uma década após o desastre da barragem que matou 19 pessoas, quando lama e resíduos s da mineração varreram o rio Doce, destruindo núcleos urbanos, contaminando o abastecimento de água e atingindo o Oceano Atlântico a mais de 650 km de distância.
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