O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) participará no financiamento de um projecto de exploração de bauxite e de refinaria de alumínio na Guiné Conakry, estimado em seis biliões e 300 milhões de dólares americanos, indica um comunicado da referida instituição transmitido quarta-feira à PANA.

“Tendo em conta a envergadura do projecto para garantir o apoio do BAD ao desenvolvimento da Guiné Conakry neste período marcado pela crise financeira mundial, o Banco não concedeu só um crédito de 200 milhões de dólares não garantidos pelo Estado, mas comprometeu-se igualmente a contribuir tanto quanto possível para os esforços exigidos no quadro da sindicação, com vista à concessão de um crédito de 100 milhões de dólares americanos a serem disponibilizados por um consórcio de bancos comerciais”, indica a nota.

Além disto, o BAD mobilizará, através da Parceria para o Financiamento Africano (AFP), recursos estimados em 150 milhões de dólares americanos no quadro do cofinanciamento paralelo das instituições de financiamento do desenvolvimento que participam neste projecto, de acordo com a fonte.

Considerado como “o mais importante investimento privado na Guiné Conakry, na medida em que representa cerca de duas vezes o Produto Nacional Bruto (PNB) do país”, tal projecto dá um valor acrescentado aos recursos locais da Guiné Conakry ao transformar o bauxite não explorável em alumínio através de uma operação de refinagem, aumentando assim a proporção de bauxite transformada localmente de 12 por cento para mais de 40 por cento”, lê-se no comunicado.

O empreendimento prevê ainda uma substancial melhoria e expansão da infra-estrutura auxiliar, estimulando assim o desenvolvimento das Pequenas e Médias Empresas (PME) e os investimentos futuros na indústria extractiva neste país da África Ocidental, de acordo com o texto.

Além das “vantagens económicas interessantes e as importantes receitas fiscais que proporciona ao Estado”, o BAD espera que o projecto gere cerca de 12 mil empregos directos e indirectos durante a fase de construção e dois mil empregos directos em pleno tempo durante a fase de exploração.

Segundo Mandla Gantsho, vice-presidente encarregue da infra-estrutura e operações do sector privado no BAD, “o projecto é uma iniciativa sem precedentes que mudará toda paisagem socioeconómica da Guiné- Conakry para um melhor futuro da sua população”.

Por sua vez, o director do Departamento do Sector Privado, Tim Turner, sublinhou com satisfação que “o projecto de alumínio da Guiné-Conakry, lancerá a parceira para o financiamento africano”, uma plataforma de colaboração que agrupa um certo número de instituições de financiamento do desenvolvimento presentes em África, traduzindo assim nos factos a sua transacção”.


Fonte: Padrão