As negociações que darão à empresa chinesa até 50% de controle em nove minas da Rio Tinto, pelo preço de US$ 12,3 bilhões, mais US$7,2 bilhões na compra de títulos conversíveis em ações que lhe darão direito de ampliar sua participação para até 18% no controle do grupo – passarão pela prova de fogo em meados do ano na assembléia de acionistas a ser realizado em Londres. Entre as minas está a jóia da coroa – Tom Price, o gigantesco depósito de minério de ferro em Pilbara, na Austrália Ocidental. Essa transação também sofre severas críticas de investidores que desejavam participar de novos aportes de capital na Rio Tinto e foram alijados nesta negociação. O futuro do seu presidente, Tom Albanese, também está em jogo – ele é considerado responsável pela compra da Alcan, que gerou uma dívida de US$ 40 bilhões, e por ter refugado a proposta de fusão da BHPB. Outra empresa preocupada com esse negócio é certamente a Vale, cuja posição até então tranqüila no mercado chinês pode vir a ser abalada.
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