A Associação Brasileira das Indústrias de Materiais Explosivos e Agregados (Abimex) e o Sindicato da Indústria de Explosivos do Estado de São Paulo (Sindex) realizaram no último dia 3 de setembro mais uma edição do “Café com Negócios”, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Durante a abertura do evento o presidente das Entidades, Ubirajara D´Ambrosio destacou que essa edição teve como estímulo a decisão de se investir ou não.
O evento contou com uma palestra do economista Guilherme Moreira. Segundo ele o país está vivendo um momento no qual o curto prazo e o longo prazo se encontraram. Ele explica que existe uma série de problemas de longo prazo que não foram resolvidos e esses problemas se tornaram de curto prazo.
O presidente da Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados (Anepac), Fernando Mendes Valverde, falou sobre a importância dos agregados para o desenvolvimento nacional e as mudanças que interferem no cotidiano. Um dos pontos mais importantes, acredita, é a discussão sobre a mineração. “Temos um grande problema.
Operamos dentro do ambiente urbano. Você abre a porteira de uma empreiteira e já está em uma rua. Aí entra a questão do planejamento da atividade. É uma questão fundamental, que a gente está tentando levar para frente, ou seja, preservar esses recursos para o uso futuro”, afirma.
Ele defende que o País tenha áreas para mineração como existem em países desenvolvidos. Em 2017, o Brasil produziu 500 milhões de toneladas de agregados, e no ano de 2000 a demanda por agregados foi de 340 milhões de toneladas. De 2000 até 2013 a produção de agregados subiu à taxa anual de 6.2%, até atingir em 2013 o recorde de 745 milhões de toneladas de agregados.
Encerrando as palestras o diretor Administrativo da Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura, Carlos Alberto Laurito, falou sobre a visão das construtoras, executoras das obras de infraestrutura em relação a investimentos. “O que temos hoje no Brasil é um baixíssimo investimento em relação ao PIB e estamos declinando cada vez mais”, pontuou.
Em 2016, apenas 1,95% do PIB foi investido em infraestrutura. Em 2017, menos ainda, 1,75%. E os estudos indicam que para o desenvolvimento de macro setor, seria necessário algo em torno de 4,15% de expansão seguidamente nos próximos 20 anos.
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