Economistas e empresários são unanimes de que após a estagnação provocada pela pandemia, a economia brasileira vai se recuperar – a uma velocidade que ainda é difícil de se prever com segurança.
A exemplo dos países industrializados, a arma para reativar a economia são investimentos públicos em obras de infraestrutura, com um pool de recursos públicos e de concessionárias privadas. Mecanismos burocráticos e de gestão precisam melhorar.
A pandemia inclusive evidenciou com clareza que a população mais pobre do País carece de habitação e água e esgoto tratados nessa contingência sanitária, que devem ser prioridade no. 1 das três esferas de governo em termos plurianuais. O arcabouço regulatório precisa ser aperfeiçoado para acelerar a participação da iniciativa privada nessas obras básicas para a qualidade de vida.
O agronegócio brasileiro foi o único setor que não sentiu o baque da pandemia e até cresceu, por conta da demanda da China. Toda a cadeia de logística até os portos de exportação ainda precisa de investimentos maciços para atingir níveis competitivos de eficiência. São ferrovias, rodovias, silagem e instalações portuárias a serem otimizadas ou construídas.
As indústrias de bens de capital e produtos de consumo vão acompanhar a retomada da economia, sabendo que o consumidor final pós pandemia não é mais o mesmo de antes. O automóvel como objeto de desejo do brasileiro ganhou forte concorrência das tecnologias digitais, que durante o isolamento da população se tornaram mecanismo de ligação entre as pessoas distantes e o mundo ao redor.

puderam operar minimamente com poucos colaboradores, presentes ou em remoto. A automação de processos vai se acelerar nas operações — tanto nos escritórios, como nas minas e plantas industriais.
Entram em cena a internet das coisas e a inteligência artificial.
A indústria da mineração e metalurgia também terá se adaptar aos novos tempos. O próximo ciclo de obras públicas no País vai alavancar a produção de agregados, cimento, aço, metais e outros insumos de construção. A expansão contínua do agronegócio vai aquecer a produção de fertilizantes, calcário agrícola, etc. A recuperação da China vai sustentar a produção de minério de ferro e outros metais — além de assegurar o futuro do agronegócio brasileiro.
Urge ampliar o fluxo de investimentos privados em novos projetos de mineração, que esbarra na insegurança jurídica e na burocracia.
Na imprensa especializada global, países da América Latina e outros continentes tem registrado
maior volume de novos investimentos na mineração do que o Brasil.
Em tempo: na melhor tradição da diplomacia brasileira nas décadas passadas, o Brasil costuma cultivar boas relações com seus parceiros globais, independe de cor, raça e religião.
O não alinhamento é uma virtude entre as nações.