Após ter contratado R$ 733,2 milhões em 27 operações em 2023, melhor resultado da história até o momento, o novo Fundo Clima (Fundo Nacional sobre Mudança do Clima),  vai investir até R$ 10,4 bilhões em projetos do setor público ou privado visando o desenvolvimento sustentável no país. Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Comitê Gestor do fundo aprovou o relatório de 2023 e o plano de aplicação de recursos para o financiamento nesta quarta-feira, dia 13.

As operações visam evitar a emissão de CO2 e, por isso, financiar projetos em seis áreas prioritárias: Desenvolvimento Urbano Resiliente e Sustentável; Indústria Verde; Logística de Transporte, Transporte Coletivo e Mobilidade Verde; Transição Energética (geração solar e eólica, e biomassa, eficiência energética, entre outros); Florestas Nativas e Recursos Hídricos; e Serviços e Inovação Verdes.

“Este é o maior volume de recursos já aplicados pelo Fundo Clima. Nós estamos aumentando mais de duas dezenas de vezes o volume até hoje aplicado, anualmente, pelo Governo Federal na área de enfrentamento da emergência climática”, ressaltou o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, João Paulo Capobianco.

“O novo Fundo Clima é um exemplo da confluência das três grandes iniciativas do governo. Tem mobilidade urbana, que está no Novo PAC; tem a indústria mais verde, que está no Nova Indústria Brasil; e tem a recuperação de florestas e o investimento em energias renováveis, que estão no Plano Transição Ecológica”, explicou o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa.

Vinculado ao Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o Fundo Clima foi criado em 2009 e é administrado pelo BNDES, que atua como gestor na aplicação dos recursos reembolsáveis.

O Fundo utilizará parte dos recursos da captação feita pelo Ministério da Fazenda, em 2023, a partir da emissão de US$ 2 bilhões em títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional. As taxas para o financiamento de projetos verdes por meio do Fundo variam de 1% ao ano (florestas nativas e recursos hídricos) a 8% (geração de energia solar e eólica), conforme definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mais o spread do projeto.

No ano passado, os recursos do antigo Fundo Clima foram disponibilizados em outubro. Foram 27 operações contratadas em 2023, com recursos de R$ 733 milhões – maior contratação da história. Os projetos tiveram também mais R$ 1 bilhão de outras fontes do BNDES, com aprovação total de R$ 1,7 bilhão.

Foram financiados projetos em Carvão Vegetal (um), Cidades Sustentáveis e Mudança do Clima (um), Energias Renováveis (13), Florestas Nativas (um), Máquinas e Equipamentos Eficientes (dez), e Mobilidade Urbana (um).