Com o tema “Resultados práticos da tecnologia de separação por sensores em minério de ferro”, a Steinert marcou presença entre as dezenas de palestras realizadas entre os dois dias da 13ª edição do Workshop Opex, realizado no mês de junho em Minas Gerais. O portifólio da empresa, líder mundial em tecnologias de separação, consiste em duas áreas principais: máquinas para a separação magnética e para a classificação por sensores.

A separação magnética trata-se de uma tecnologia mais antiga e muito reconhecida no mercado. A solução por sensores, apesar de vir sendo fabricada desde o início dos anos 2000, somente agora está sendo aceita pela mineração. Já existem algumas referências aqui no Brasil e na América do Sul”, comentou Matheus Chianca, gerente de vendas da Steinert.

A empresa oferece soluções podem ser utilizadas em diversas áreas, como na concentração de minérios em minas, na classificação de metais e na recuperação de metais de escórias na siderurgia, na reciclagem de diferentes materiais, como plásticos, sucata eletrônica, resíduos etc.

Durante a apresentação no Workshop, o representante da Steinert explicou que o sistema por sensores consegue separar o produto do rejeito no início da linha, sem precisar processar antes. Sensores de cor, de laser 3D, de indução, da luz próxima ao infravermelho e de raio-x – tanto de transmissão, quanto de fluorescência.

“Para a aplicação de um desses sensores, ou em conjunto de um ou mais, baseado na propriedade física do material a gente consegue separar já no início, logo após a extração, o que é de interesse e o que não interessa para a empresa. Otimiza o processo, reduz custos com transporte, menor uso de agentes químicos, além da sustentabilidade, pois vai reduzir emissão de CO2 e não utiliza água”, detalhou Matheus Chianca.

O trabalho realizado pelo departamento de pesquisa e desenvolvimento da Steinert, que fica na Alemanha, conseguiu incluir materiais que não eram alvos desta tecnologia, caso do minério de ferro. Trata-se de um sistema programável, que pode ser utilizado para uma pré-concentração e até mesmo no produto final. E que vêm sendo utilizados, por exemplo, na Nexa Vazante, que vem contabilizando ganhos com o material marginal desde que instalou duas máquinas – e, em breve, irá trocar o sistema offline por outro online em toda linha de processo.

“A aplicação vai depender muito da rota de processos que o minério passa. A ideia é fazer de uma forma mais sustentável, pois não temos como deixar de utilizar a mineração. E nosso sistema é uma forma de minimizar os impactos”, complementou Camila Senna, do departamento de vendas da Steinert.